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Quinta-feira é marcada por falas de dirigentes do Fed e mais dados de emprego nos EUA | Bolsas e índices


A quinta-feira (5) é marcada por mais um dado de emprego nos Estados Unidos. Após o Jolts assustar e o ADP aliviar, hoje o mercado acompanha os pedidos semanais de auxílio-desemprego e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Por aqui, a agenda é vazia, mas o mercado segue de olho no avanço do projeto para taxar os fundos offshore e exclusivos. A votação, que seria ontem (4), foi adiada para o dia 24.

Hoje, às 9h30, será divulgado o número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA. Esse é mais um indicador do mercado de trabalho que os investidores ficam de olho. Na última terça-feira (3), o relatório “Job Openings and Labor Turnover Survey” (Jolts) assustou o mercado ao mostrar que o número de vagas em aberto subiu para 9,6 milhões em agosto, bem acima do esperado pelo mercado, que previa 8,8 milhões.

O resultado disso foi um aumento ainda mais forte do rali dos títulos públicos norte-americanos (também chamados de “tresuries”) e, claro, do dólar.

Embora pareça estranho a ideia de que dados fortes de emprego assusta os investidores, na atual conjuntura, é isso que tem acontecido nos EUA. Quando o mercado de trabalho está aquecido, significa que existe demanda de mão de obra por parte das empresas. E se as empresas estão buscando trabalhadores, elas tendem a aumentar o salário nominal para atrair esses novos funcionários. O resultado disso é mais inflação, justamente o que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) quer conter.

Para barrar essa inflação, é esperado que os juros fiquem maiores por mais tempo, o que aumenta a atratividade dos “tresuries”. Isso causa, portanto, uma fuga de investidores de países e ativos mais arriscados para a segurança dos títulos de dívida do governo americano.

Ontem (4), porém, novos dados de emprego trouxeram mais alívio. A pesquisa Automatic Data Processing (ADP), em parceria com o Stanford Lab, mostrou que o setor privado dos EUA criou 89 mil vagas de trabalho em setembro. O número ficou bem abaixo das 177 mil vagas registradas em agosto e também da expectativa dos economistas, que esperavam uma criação de 160 mil novas vagas.

Agora, os pedidos de seguro-desemprego ajudam a tirar a “prova real” do quanto é preciso se preocupar com o aquecimento do mercado de trabalho por lá. A forte expectativa, no entanto, está nos dados do “payroll”, que será divulgado amanhã (6).

Além disso, o mercado ainda monitora várias falas de dirigentes do Fed ao longo do dia, à espera de sinais sobre o caminho dos juros daqui em diante, especialmente após esses indicadores.

Por aqui, o dia é de agenda vazia. Após a votação do projeto de lei que visa mudar a tributação dos fundos exclusivos e offshore, o mercado segue monitorando os movimentos do Ministério da Fazenda para aumentar a arrecadação.

Ontem, por exemplo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve reunido com representantes do varejo nacional que voltaram a mostrar, em um estudo, a necessidade de haver um equilíbrio entre a carga tributária cobrada de empresas nacionais e estrangeiras.

Para quem não se lembra, a taxação de compras on-line de empresas estrangeiras (como a Shein) foi tema de discussão no governo, justamente com a finalidade de aumentar a arrecadação. Por fim, desde o dia 1º de agosto, essas companhias conseguem vender produtos de até US$ 50 sem pagar o o imposto de importação de 60%, desde que estejam certificadas pelo programa Remessa Conforme.

A rede de livrarias Saraiva, em recuperação judicial, informou ao mercado nesta quarta-feira (04) que protocolou o seu pedido de autofalência na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo.

O novo CEO do grupo Pernambucanas, de varejo e de serviços financeiros, Marcelo Labuto, ex-presidente do Banco do Brasil, assumiu ontem o posto com a missão de conduzir uma ampliação da Pefisa, braço de financiamento ao consumidor da companhia. Com o varejo em crise, as aberturas de novas lojas – hoje são 508 no setor moda, cama, mesa e banho – ficará mais seletiva e os investimentos serão direcionados à área de tecnologia e expansão da carteira de crédito.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

EUA mercado de trabalho payroll — Foto: Getty images
EUA mercado de trabalho payroll — Foto: Getty images



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