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Parentes abrem academia no interior, transformam em franquia e projetam faturar R$ 140 milhões | Franquias


Uma academia familiar fundada há mais de dez anos em Campinas, no interior de São Paulo, e que hoje tem mais de 130 unidades e uma projeção de faturamento de R$ 140 milhões. Essa é a definição resumida da rede de franquias Panobianco, fundada por André, Bruno e Rafael Panobianco, de 37, 36 e 35 anos, respectivamente. “Nós três atuávamos como personal trainers e tínhamos o sonho de ter uma academia. Em uma tarde nos reunimos e decidimos que íamos dar início a esse projeto”, conta André. Foi ele que chamou o tio Bruno e o primo de segundo grau Rafael para a empreitada.

Hoje, a Panobianco funciona com um plano recorrente de assinatura, de R$ 109,90, que dá acesso a aulas e à sala de musculação em todas as unidades. O formato é similar ao adotado por redes como Smart Fit ou Gaviões. Quando o negócio foi criado, em 2012, o modelo ainda era incipiente, e foi essa a motivação da família Panobianco.

“O mercado estava um pouco menos maduro do que hoje. Era comum academias de bairro terem uma estrutura precária. Dávamos aulas para alunos classe A, mas queríamos levar um pouco disso para o público da região periférica”, conta.

A primeira unidade foi aberta em um bairro de Campinas, com uma estrutura pequena e grande aposta na qualidade do serviço. A ideia sempre foi que os alunos se entrosassem e fossem à academia por lazer e por se sentirem bem, não apenas pelo treino.

Ao perceber o crescimento de algumas redes do nicho que, na avaliação deles, poderiam dominar o mercado e de olho em expandir o negócio, foram estudar o sistema de franquias.

André Panobianco, sócio-fundador da rede Panobianco — Foto: Divulgação

Em 2015, os Panobianco resolveram abrir uma segunda unidade própria para atualizar o plano de negócio, com um novo formato, mais espaço e um modelo que poderia ser replicado. “A academia tinha pagamento recorrente, que era uma novidade na época, uma estrutura mais bonita e equipamentos melhores. Foi um sucesso”, diz André.

Um ano depois, veio a primeira franquia, sob gestão de duas ex-recepcionistas e um ex-professor, que se uniram para ter o próprio negócio. A partir daí a rede começou a crescer de forma orgânica, com franqueados indicando outros empreendedores.

“Com o mercado mais maduro fomos entendendo que precisávamos desenvolver novos fornecedores, buscar equipamentos importados, e aumentamos o tamanho da nossa operação. O que era uma academia de 400 metros quadrados, hoje tem mais de 1 mil metros quadrados”, conta.

Em 2020, eram 70 unidades. André diz que, que apesar de não terem fechado nenhuma academia durante a pandemia, o período foi desafiador. Segundo ele, um ponto que contou a favor da marca foi que a rede sempre priorizou bairros residenciais e periféricos para crescer, em vez de regiões comerciais. “A pandemia acelerou um processo de consolidação das grandes redes e extinção das academias que estavam desatualizadas”, afirma.

Fachada da academia Panobianco — Foto: Divulgação

O investimento inicial para se tornar um franqueado é a partir de R$ 500 mil, sendo R$ 99 mil da taxa de franquia e o restante da adequação do imóvel. A Panobianco trabalha com modelos que vão de 1 mil a 3 mil alunos. O plano é ter mais 200 unidades inauguradas até o fim do ano e se aproximar de 500 em 2025.

Atualmente, os equipamentos não entram na conta do investimento inicial feito pelo novo franqueado. O valor — na forma de aluguel ou compra — é inserido no custo da operação, com um pagamento fixo mensal. O período médio de troca dos aparelhos é de seis anos.



PEGN

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