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O vendedor de porta a porta que fundou a Bio Mundo e fatura R$ 200 milhões


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Inicialmente, Mothé quis apostar apenas em lojas próprias. Em um ano e meio ele já tinha 26 operações apenas em Brasília

Edmar Mothé se denomina vendedor, apesar de ter fundado e ser CEO da rede de produtos naturais Bio Mundo, que detém 150 lojas em todo o país e faturou mais de R$ 200 milhões no ano passado. “Não importa o meu cargo, eu nunca vou deixar de ser vendedor. É isso que me faz levantar da cama todos os dias e é o que turbina as minhas empresas”, diz Mothé.

O empresário capixaba começou a trabalhar muito cedo, com apenas 12 anos, ajudando seu cunhado a vender peças de roupa de praia para turistas. Ele conta que aquela foi a sua primeira aula sobre como escolher um ponto para vender seus produtos. “A gente estacionava a kombi bem cedinho na praia de Guarapari e escolhia o local onde as pessoas mais passavam. Na época, não tinha grande estrutura por lá, então o negócio ganhou destaque”, afirma.

As 10 marcas mais valiosas do Brasil em 2023



  • SOPA Images/Getty Images

    1º – Itaú

    Valor da marca em 2023: US$ 8,7 bilhões


  • Getty Images

    2º – Bradesco

    Valor da marca em 2023: US$ 5,1 bilhões


  • SOPA Images/Getty Images

    3º – Banco do Brasil

    Valor da marca em 2023: US$ 4,9 bilhões.


  • Paulo Whitaker/Reuters

    4º – Petrobras

    Valor da marca em 2023: US$ 3,9 bilhões.


  • Pilar Olivares/Reuters

    5º – Caixa Econômica Federal

    Valor da marca em 2023: US$ 3,1 bilhões.


  • Brendan McDermid/Reuters

    6º – Vale

    Valor da marca em 2023: US$ 2,2 bilhões.


  • REUTERS/Amanda Perobelli

    7º – Natura

    Valor da marca em 2023: US$ 2 bilhões.


  • Divulgação

    8º – Skol

    Valor da marca em 2023: US$ 1,8 bilhão.


  • Reprodução

    9º – Brahma

    Valor da marca em 2023: US$ 1,6 bilhão.


  • Reprodução/Facebook/Sadia

    10º – Sadia

    Valor da marca em 2023: US$ 1,6 bilhão.

SOPA Images/Getty Images

1º – Itaú

Valor da marca em 2023: US$ 8,7 bilhões

Ali foi o começo da parceria entre Mothé e o cunhado, seu primeiro mentor. Após as vendas na temporada, o empresário acompanhou o familiar para uma loja de produtos femininos, na qual havia apenas ele de homem entre as vendedoras, aos 14 anos. Por lá, aprendeu como atender as necessidades de seus clientes e em pouco tempo ganhou relevância entre os consumidores.

O empresário ficou na companhia até decidir que desejava mudar de vida e buscar por novas oportunidades, desta vez em Brasília. Sem ter juntado muito dinheiro ao longo dos anos, Mothé precisou procurar por uma moradia que coubesse no seu bolso e logo conseguir um trabalho. Dito e feito. Encontrou um espaço em uma pensão e em pouco tempo estava vendendo planos de aposentadoria e previdência privada de porta a porta. “Foi com esse trabalho que percebi a necessidade de ser resiliente nesse ramo”, conta Mothé.

Seu modo de trabalhar chamou a atenção de uma imobiliária, que precisava de vendedores para loteamentos. Em pouco tempo, ele virou corretor, treinando equipes e liderando o setor. Por lá, o empresário conseguiu juntar dinheiro para investir em seu primeiro negócio próprio, também no setor imobiliário. Dali em diante, a vontade de empreender veio para ficar.

Com os proventos da imobiliária, ele fundou uma empresa de purificadores de água, que perdura até hoje e atende cerca de 90% das residências de Brasília.

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Com mais experiência no mercado, Mothé começou a avaliar novos negócios para investir, mas a rede de produtos naturais não estava na lista. “Minha família sempre foi formada por atletas e meus filhos seguiram o mesmo caminho, então nós sempre consumimos produtos naturais e, buscando por marcas de maior qualidade, percebemos que não existia nenhuma loja física que vendesse esse tipo de coisa em Brasília”, afirma o empresário.

Como o empreendedor não tinha nenhuma experiência no mercado, começou a pesquisar para entender quem já fazia isso no mercado e quais eram as oportunidades existentes no setor. Logo conheceu a Mundo Verde, que na época, em 2015, já tinha 400 lojas espalhadas pelo Brasil. Ele conta que seu primeiro pensamento foi abrir uma franquia da empresa, que já estava consolidada no mercado e daria muito menos trabalho de desenvolvimento.

Porém, o mercado estava fechado para novas lojas da empresa em Brasília. O estado já hospedava 8 franquias da Mundo Verde. Então, decidiu fazer o serviço por conta própria e criar a Bio Mundo. A ideia era transformar a loja em um hub que tivesse todos os produtos voltados para saúde, desde alimentos a granel saudáveis até suplementos para atletas.

Inicialmente, Mothé quis apostar apenas em lojas próprias. Em um ano e meio ele já tinha 26 operações apenas em Brasília. Hoje, em um modelo de franquia, existem 150 unidades espalhadas pelo país. Para 2023, a companhia projeta faturar R$ 350 milhões.

Para ele, depois de tantas experiências, vender não é dom e sim treinamento. Além disso, ele acredita que ser inquieto também ajuda na prosperidade dos negócios, já que sempre tem oportunidade para novas trajetórias e ideias.





Forbes

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