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Mercado repercute surpresa na decisão monetária do Japão e indicadores de atividade na Europa | Bolsas e índices


Em uma semana marcada por decisões monetárias ao redor de todo o mundo, o Banco do Japão frustrou as expectativas do mercado e manteve a taxa de juros negativa em 0,10% por lá. Os agentes financeiros também acompanham indicadores de atividade econômica na Europa. Os números vieram mistos, com alguns acima da expectativas e outros surpreendendo negativamente. Ainda assim, o cenário ainda é de retração. Por aqui, em um dia de agenda vazia, o mercado ainda digere o tom cauteloso adotado pelo Banco Central no comunicado após a reunião do Copom.

Os investidores esperavam que nesta madrugada o Japão começaria a sinalizar uma mudança em sua política de juros baixíssimos para tentar controlar a desvalorização do câmbio por lá e o aumento dos preços. Mas não foi o que aconteceu.

O Banco do Japão (BoJ) decidiu manter as taxas de juro de curto prazo inalteradas em 0,1%. A autoridade monetária também manteve o seu limite máximo para o rendimento dos títulos do governo japonês de 10 anos em 1,0%, depois de o ter aumentado em 0,5% na sua reunião anterior, no final de julho.

A decisão veio mesmo após a inflação ao consumidor mostrar uma alta. Os preços ao consumidor subiram 3,2% em relação a agosto do ano anterior, permanecendo acima da meta de inflação, fixada em 2%. O núcleo da inflação ao consumidor (ou seja, que exclui choques específicos de aumento de preços, como altas em alimentos frescos voláteis e energia), aumentou ainda mais: 4,3% em relação ao ano anterior.

Ainda lá fora, o mercado acompanha indicadores econômicos da Europa que também pedem cautela dos investidores.

Na zona do euro, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto, que reúne dados do setor industrial e também de serviços, subiu de 46,7 em agosto para 47,1 na leitura preliminar de setembro, segundo a S&P Global e do Hamburg Commercial Bank.

Ainda que o indicador tenha ficado acima do consenso dos economistas, que esperavam 46,5, ele segue mostrando uma contração da atividade (quando o PMI vem abaixo de 50).

Na Alemanha, o PMI composto subiu de 44,6 em agosto para 46,2 em setembro, acima do esperado. Já na França, o PMI composto caiu de 46 em agosto para 43,5 em setembro, abaixo das expectativas e também no limiar da retração.

No Reino Unido, o PMI composto caiu de 48,6 em agosto para 46,8 em setembro. Ao contrário do que foi visto na zona do euro, o indicador ficou bem abaixo do consenso de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que esperavam 49,0.

Agora, o mercado segue acompanhando com cautela os indicadores lá de fora e também daqui, especialmente após o tom dos bancos centrais ter sido mais duro nesta semana. No Brasil, apesar do corte na Selic, a autoridade monetária destacou a necessidade de o governo tentar zerar o déficit fiscal no ano que vem, o que acendeu um alerta nos investidores de que “nem tudo são flores”.

  • A CNP Seguradora e os Correios formalizam nesta sexta-feira a parceria de exclusividade na distribuição de seguros pela rede de agências e outros canais da empresa pública de logística. O grupo francês venceu a licitação em junho com um lance de R$ 155 milhões. O acordo vale por dez anos. A CNP e os Correios tinham um acordo anterior de distribuição não exclusiva de títulos de capitalização e assistência odontológica. A nova parceria prevê exclusividade para a filial brasileira do grupo francês na distribuição de produtos securitários pela rede de agências e mais canais da companhia de logística.
  • Com a suspensão da falência determinada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), por meio de uma liminar concedida em junho, a Livraria Cultura segue com suas duas lojas físicas, em São Paulo e Porto Alegre, o negócio de editoras que vendem diretamente em suas unidades (Hub Cultura) e o site operando normalmente. Segundo Sergio Herz, presidente da Livraria Cultura, a varejista não está entrando em guerra de preço e as parcerias com as editoras que comercializam livros diretamente nas lojas, restaurante e teatro têm sido positivos. “Há pressão em todo varejo, além disso temos um plano de recuperação. Não é trivial. Mas conseguimos crescer 93% no acumulado até agosto, quando comparado ao mesmo período de 2022”, disse.
  • A Renault do Brasil é favorável à volta do Imposto de Importação para carros elétricos. Mas não quer que o tributo incida sobre seus veículos. O presidente da montadora, Ricardo Gondo, disse que espera que, junto com a elevação do imposto, em análise pelo governo, seja criado um sistema de cotas para montadoras instaladas no país. Ou seja, determinado volume de veículos importados por essas empresas seria isento da tributação.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo realdo Valor Econômico

bolsas europeias europa zona do euro  — Foto: Getty Images
bolsas europeias europa zona do euro — Foto: Getty Images



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