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Mercado repercute eleição Argentina em semana de PIB nos EUA, decisão monetária na Europa e ‘prévia da inflação’ no Brasil | Bolsas e índices


A semana começa com o mercado repercutindo o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais na Argentina e os desdobramentos na guerra do Oriente Médio. Na agenda da semana, estão no radar o balanço de várias gigantes da tecnologia nos Estados Unidos, além do PIB do terceiro trimestre e o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) por lá. Na Europa, dados industriais divulgados amanhã (24) antecedem a decisão monetária do Banco Central Europeu, que acontece na quinta-feira (26). Por aqui, a “prévia da inflação” no Brasil será divulgada também na quinta, e enquanto isso o mercado repercute as projeções do Boletim Focus hoje.

A segunda-feira começa com o mercado repercutindo o segundo turno das eleições presidenciais na Argentina, que será disputado entre Sérgio Massa (candidato que se posiciona como centro-esquerda) e Javier Milei, que tem um discurso mais radical alinhado à direita.

Segundo analistas, um segundo turno entre Massa e Milei deve provocar mais um mês de instabilidade cambial e alta descontrolada da inflação por lá. Aqui, os temores são do quanto a relação comercial entre Brasil e Argentina (que, embora já tenha sido mais forte, segue intensa) pode ser abalada com o novo governo. Milei, por exemplo, afirma em seus discursos que pode cortar as relações com o Brasil caso eleito. Embora as chances de que isso aconteça por completo sejam pequenas, esse é um ponto de atenção para os investidores.

A guerra no Oriente Médio também segue no radar, especialmente após o Egito abrir a fronteira para a entrada de ajuda humanitária à Gaza. Os bombardeios, entretanto, continuam na região. É possível esperar uma repercussão no petróleo hoje.

Além dos dois temas, a semana segue agitada. Hoje (23) por aqui, temos o Boletim Focus, que pode trazer uma previsão para inflação menor, especialmente após o reajuste baixista nos preços da gasolina pela Petrobras. Mas as atenções estão guardadas mesmo é para a quinta-feira (26), dia em que o IBGE divulga o IPCA-15, indicador conhecido como “prévia da inflação”.

Enquanto isso, o mercado monitora hoje falas de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, às 15h, em busca de pistas sobre o rumo da Selic.

Lá fora, o mercado aguarda dados do PMI industrial de vários países europeus amanhã (24). Os indicadores antecedem a decisão monetária na zona do euro, que acontecerá na quinta-feira (26), às 9h15 de Brasília. As expectativas, por enquanto, apontam para uma manutenção das taxas inalteradas. No entanto, o mercado ainda não projeta que a autoridade monetária faça um discurso mais brando, sinalizando o começo do corte de juros por lá.

Nos Estados Unidos, o mercado monitora os balanços de empresas como Microsoft, Alphabet, Meta e Amazon (algumas das queridinhas dos brasileiros na hora de investir lá fora).

Além disso, na agenda da semana ainda estão previstos dois indicadores muoto importantes: a primeira leitura do PIB do terceiro trimestre, que será divulgado na quinta-feira (26) às 9h30 de Brasília; e o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), que será divulgado na sexta-feira (27) às 9h30. Para quem não sabe, este segundo é um dos indicadores de inflação mais acompanhados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Por isso, ele deve ser acompanhado de lupa pelos agentes financeiros.

  • A temporada de balanços dos bancos no terceiro trimestre tende a ser mais positiva que as últimas. Após os problemas decorrentes do caso Americanas no primeiro semestre, o crédito para pessoa jurídica deve voltar a mostrar mais força, enquanto a inadimplência de pessoa física dá sinais de estabilização e pode até indicar um início de trajetória de queda. Entre os maiores bancos do país, analistas esperam que Itaú Unibanco e Banco do Brasil (BB) continuem em bom momento e que, ao mesmo tempo, Bradesco e Santander deem indícios de que o pior já passou. Levantamento feito pelo Valor com sete casas mostra que os grandes bancos de capital aberto terão um lucro combinado médio de R$ 25,095 bilhões entre julho e setembro, com alta de 3% sobre o trimestre anterior. As projeções indicam um leve avanço de 1,2% na comparação com o terceiro trimestre de 2022. Como de costume, a filial do banco espanhol será a primeira a divulgar seus números, no dia 25.
Investimento no exterior — Foto: Getty Images
Investimento no exterior — Foto: Getty Images



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