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Juros podem ficar onde estão até o fim do ciclo, defende membro do BC dos EUA | Internacional e Commodities


O presidente do Federal Reserve (Fed) da Filadélfia, Patrick Harker, defendeu a manutenção dos juros nos EUA na faixa de 5,25% a 5,5% até o fim deste ciclo de aperto monetário, “salvo uma mudança radical nos dados”. O dirigente, que vota nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), discursou durante evento da Câmara do Comércio do Estado de Delaware nesta manhã.

“A manutenção das taxas permitirá que a política monetária faça seu trabalho. Tenho certeza de que os juros são restritivos e, enquanto permanecerem assim, pressionaremos firmemente a inflação para baixo e traremos os mercados para um melhor equilíbrio”, disse Harker, após alertar que o cenário de juros estáveis também significa que os cortes não devem acontecer tão cedo. “Levará um tempo até que o pleno efeito do aperto monetária seja sentido pela economia”.

Para Harker, manter os juros também permite que o Fed “navegue” o ambiente incerto atual, afetado por greves de trabalhadores nos EUA, volatilidade dos preços de petróleo e os temores de paralisação do governo americano, ainda não totalmente resolvidos. “Não apenas estou confiante de que a política monetária está funcionando, como também de que continuará a funcionar”.

Ele admitiu, contudo, que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de setembro dos EUA veio “modestamente acima” do esperado. “Não admitiremos uma reaceleração dos preços, mas eu não quero reagir com exagero a variações mensais naturais da inflação”, disse Harker.

Para o banqueiro central, o processo de desinflação continua e o mercado de trabalho americano está caminhando para um melhor equilíbrio, ainda que a atividade econômica siga resiliente. “Espero que o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) continue até o final de 2023, antes de recuar um pouco em 2024. Porém, mesmo prevendo uma moderação na taxa de crescimento do PIB, não vejo uma contração. Não prevejo uma recessão”, afirmou.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO.

 — Foto: Getty Images
— Foto: Getty Images



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