Inflação dos EUA e expectativas com decisão monetária da zona do euro marcam o dia | Bolsas e índices
Após a inflação do Brasil surpreender positivamente ao vir menor do que o esperado, o radar dos investidores hoje está ligado na inflação norte-americana. Essa, por sua vez, pode mostar um aumento forte, especialmente devido à alta do petróleo nos últimos tempos. Ainda lá fora, o mercado repercute a produção industrial na zona do euro, que mostrou uma queda maior do que o previsto na véspera da decisão monetária do Banco Central Europeu (BCE).
Hoje (13), às 9h30 de Brasília, os Estados Unidos divulgam o ídice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), relacionado ao mês de agosto. As expectativas são de um avanço, especialmente devido ao preço do petróleo, que já subiu quase 25% desde o fim de junho. Há quem diga, inclusive, que esse pode ser o maior aumento em 14 meses. Segundo a mediana das estimativas apuradas pelo The Wall Street Journal, o avanço terá sido de 0,60% na passagem mensal, com acúmulo de 3,6% em 12 meses.
A esperança, no entanto, é de que os núcleos mostrem um arrefecimento da inflação, com alta de “apenas” 0,2%, segundo as projeções do mercado. Para quem não sabe, o “núcleo” apura a inflação sem contar choques e acontecimentos específicos, como variação de combustíveis e alimentos, por exemplo.
É importante lembrar que o número vem uma semana antes da próxima decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e as apostas ainda não estão cravadas. Embora há quem acredite em uma pausa na sequência de altas, justamente pelo fato de a inflação estar dando sinais de melhora, há quem aposte em um novo aumento, uma vez que outros indicadores mostram uma atividade econômica ainda pujante, que traz mais pressões inflacionárias.
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E não é só nos juros dos Estados Unidos que o mercado está atento. Amanhã (14) será o dia da decisão monetária do Banco Central Europeu (BCE). E hoje dados vindos da zona do euro mostraram que a economia segue patinando por lá. A produção industrial caiu 1,1% em julho ante junho, enquanto as expectativas apontavam para uma queda menor, de 0,8%. Na comparação anual, a queda foi de 2,2%, muito maior do que o esperado pelos economistas consultados pelo WSJ, que esperavam uma queda de 0,5%.
Embora o número evidencie as dificuldades da recuperação econômica na Europa, uma atividade mais enfraquecida produz menos inflação (justamente o que o BCE tenta conter).
- Gestores de fundos e outros investidores em debêntures da distribuidora Light Serviços de Eletricidade protocolaram, na segunda-feira (11), na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pedido de instauração de inquérito administrativo para apurar infrações que teriam sido cometidas pelo diretor financeiro e de relações com investidores da Light, Eduardo Gotilla.
- A nova geração do celular da Apple, o iPhone 15, e seus novos relógios inteligentes foram anunciados sem muito mistério na tarde desta quinta-feira (12). A empresa confirmou as expectativas sobre recursos avançados de processamento, câmeras e design, bem como a adoção do conector padrão USB-C, no lugar do proprietário Lightning. Mas surpreendeu analistas ao manter o patamar de preços do iPhone 15, em relação aos aparelhos da linha 14 anunciados há um ano.
- Nas negociações entre os bancos credores e Americanas, que está em recuperação judicial com uma dívida de R$ 42,5 bilhões, há um caminho possível para o fechamento de um acordo sem as instituições que se opõem aos termos, dizem fontes ouvidas pelo Valor. Isso vem sendo discutido nas últimas duas ou três semanas entre os negociadores do grupo, em parte, pelo cenário já instalado de divergências entre Bradesco e a Americanas, para que se abra condições para que o plano de recuperação avance.
Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
