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Ibovespa dispara quase 3% em ‘Supersexta’ pós Copom, feriado e dados dos EUA | Bolsas e índices


Depois da “Superquarta”, veio a “Supersexta”, primeiro pregão após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidir cortar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, indo ao patamar dos 12,25% ao ano. O reflexo foi de euforia nesta sexta-feira (3), pós feriado de Dia dos Finados. Hoje, os juros futuros operaram em queda firme, influenciando positivamente nas varejistas e outras companhias ligadas à economia doméstica.

  • O Ibovespa registrou valorização de 2,70%, aos 118.160 pontos. Na semana, avançou 4,29%. Neste ano, o saldo é positivo em 7,68%.

  • A carteira teórica registrou um giro financeiro médio diário de R$ 20,1 bilhões.

  • Das 86 ações do índice mais famoso do Brasil, 85 subiram e uma caiu.

Quais os recados que acompanham juros em queda?

Na última quarta, o tom que o BC adotou em seu comunicado para anunciar a decisão de cortar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual foi o mais esperado pelos investidores. Nele, o Copom trouxe um alerta sobre a importância de perseguir as metas fiscais, mas deixou claro que a autoridade monetária antevê mais cortes. Isso mesmo, no plural.

Recentemente, o presidente Lula minimizou a importância de zerar o déficit primário no ano que vem e “deixou no ar” que talvez isso não seja possível.

O discurso foi diferente do que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vinha adotando e que animava o mercado. Segundo o jornal Valor Econômico, Haddad não estaria conseguindo apresentar cálculos de crescimento de receita que poderiam sustentar o déficit zero defendido pela equipe econômica. O movimento indica um isolamento cada vez maior do ministro.

As falas do presidente, portanto, trouxeram cautela para os operadores do mercado. Mesmo com as preocupações de que o governo possa ter um comportamento menos “responsável” fiscalmente do que o previsto, o Banco Central manteve o corte de juros da Selic no mesmo ritmo dos anteriores.

  • As maiores altas do dia foram de papéis sensíveis aos juros, que se beneficiaram de mais um corte na Selic. Casas Bahia ON subiu 17,39%, Magazine Luiza ON avançou 12,03%, Grupo Soma ON ganhou 8,69% e GPA ON avançou 9,55% no pregão de hoje. A única queda foi Suzano ON (-0,56%), pressionada pela queda do dólar;
  • Entre os papéis de peso no índice, o destaque é dos bancos. Itaú PN (+2,76%), Bradesco PN (+4,72%), BB ON (+3,51%) e Santander units (+2,06%) subiram firmes. Vale ON (+1,25%), Petrobras PN (+1,20%) e Petrobras ON (+0,84%) também avançaram.

O dado de emprego nos EUA mostrou que o país criou 150 mil postos de trabalho em outubro, menos do que o consenso do mercado (+170 mil). A taxa de desemprego veio em 3,9%, enquanto o mercado esperava 3,8%.

Os sinais de que o mercado de trabalho americano apresenta desaquecimento podem ajudar os mercados, por indicarem que o Federal Reserve (Fed), banco central americano, não precisará elevar mais os juros no atual ciclo.

O dado ajuda os ativos de risco tanto no Brasil quanto no exterior – as bolsas americanas fecharam em alta firme e o retorno dos títulos americanos apresentaram recuo expressivo; enquanto os juros futuros no Brasil trabalharam com forte queda e o dólar comercial desvalorizou frente ao real.

  • O dólar à vista caiu 1,13%, cotado a R$ 4,8970.

Investimento no exterior — Foto: Getty Images
Investimento no exterior — Foto: Getty Images



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