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Ibovespa abre queda após decisões do Fed e do Banco Central sobre os juros


O Ibovespa opera em queda de 1,41% na abertura do pregão desta quinta-feira (21), a 117.024 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. No Brasil, os investidores acompanham a repercussão do novo corte da taxa básica de juros de 13,25% para 12,75% ao ano realizado pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na noite de quarta-feira. No cenário internacional, o Federal Reserve divulgou perspectivas mais duras em relação aos juros nos EUA, deixando os investidores apreensivos.

As autoridades do Banco Central deram pistas para os próximos meses no comunicado divulgado ontem. No geral, o Comunicado foi considerado moderado, apesar de uma menção bastante firme com a situação fiscal. “Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reforça a importância da firme persecução dessas metas”, diz o texto.

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Em relação ao cenário doméstico, o BC observou maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado, mas afirma que segue antecipando um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres.

Desta forma, se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões.

Segundo o analista Rodrigo Cohen, da Escola de Investimentos, empresa de educação financeira, os próximos movimentos do Copom vão depender do comportamento da inflação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. “O cenário externo está muito mais incerto em relação à inflação, principalmente nos Estados Unidos, e a China também vem mostrando uma desaceleração”, diz ele.

Em meio a todo esse cenário, o dólar avança 1,07% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9323.

Mercados internacionais

Nos Estados Unidos, o dia começou com um clima mais pesado após a decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano, divulgada ontem. O Fed manteve a taxa de juros do país, mas endureceu sua postura, com projeção de um novo aumento até o final do ano e manutenção da política monetária durante 2024 mais apertada do que o esperado anteriormente.

Assim como fizeram em junho, as autoridades do Fed ainda veem a taxa de juros de referência atingindo o pico este ano na faixa de 5,50% a 5,75%, de acordo com a mediana das projeções, apenas 0,25 ponto percentual acima da faixa atual.

Na Ásia, as ações da China e de Hong Kong caíram ainda mais nesta quinta-feira, uma vez que o sentimento de risco foi afetado depois que o Federal Reserve sinalizou outro aumento da taxa de juros dos Estados Unidos e uma política monetária muito mais apertada durante 2024 do que o esperado anteriormente.

No Japão, o primeiro-ministro Fumio Kishida disse que instruirá seu governo a reunir os pilares de um pacote econômico no início da próxima semana sob seu novo gabinete.

O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,29%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,85%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,77%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 1,37%.

Na Europa, a inflação continua teimosamente alta, com riscos para cima, de modo que o próximo passo do Banco Central Europeu ainda pode ser um aumento de juros, de acordo com a declaração das autoridades de política monetária.

No Reino Unido, por outro lado, o Banco da Inglaterra interrompeu sua longa série de aumentos da taxa de juros nesta quinta-feira em meio à desaceleração da economia britânica, mas disse que não está dando como certo a recente queda da inflação.

O Stoxx 600 perdia 1,30%; na Alemanha, o DAX cai 1,40%; o CAC 40 em queda de 1,74% na França; na Itália, o FTSE MIB recua 1,93%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,43% no Reino Unido.

(Com Reuters)





Forbes

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