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Falas de Powell nos Estados Unidos e decisão monetária na China marcam a quinta | Bolsas e índices


Após a divulgação do Livro Bege nos Estados Unidos ontem (18), hoje os radares estão totalmente ligados na fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em um evento em Nova York. Por aqui, o dia é de agenda vazia, após a divulgação da “prévia do PIB” ser adiada para amanhã (20). No fim do dia, há a decisão de política monetária da China.

Ontem (19), o Livro Bege do Federal Reserve trouxe poucas ovidades a respeito do processo de desinflação e de arrefecimento da atividade por lá. Segundo o documento, os preços continuaram subindo em um ritmo modesto e o mercado de trabalho ficou menos apertado em relação ao período anterior.

Acenderam-se, então, esperanças de que a trajetória dos juros nos Estados Unidos dê uma pausa. Ou até mesmo, quem sabe, siga nesse patamar até voltar a cair. Com isso, o “rali” dos “tresuries” (nome dado aos títulos públicos do governo americano) pode ganhar uma pausa, o que favoreceria não só a renda variável como os mercados mais arriscados, caso do Brasil.

Com isso, as atenções e voltam ao discurso que Jerome Powell fará hoje em um evento em Nova York às 13h de Brasília.

Apesar de haver esperanças de um discurso mais brando, não é possível cravar que isso acontecerá. Ontem (18), inclusive, diretora do Federal Reserve (Fed) a Michelle Bowman reforçou que “a inflação americana está desacelerando, mas continua em níveis elevados”.

Na agenda do dia por lá, ainda há a divulgação dos pedidos de seguro-desemprego na semana, às 9h30 e o discurso do vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, às 10h.

Por aqui, o dia é de agenda vazia. Após os dados de serviços e varejo desapontarem, a expectativa agora é pelo IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central que também é conhecido como “prévia do PIB”. O dado seria divulgado hoje, mas devido a uma mobilização de servidores do BC, a divulgação será amahã às 9h.

  • Leia também: Serviços e varejo desapontaram. Mas na bolsa um deles sai na frente

No fim do dia, porém, o mercado acompanha a decisão de polítia monetária na China. No radar de lá, ainda está a crise do setor imobiliário. Ontem (18), dados do “The Wall Street Journal” apontaram que os preços das casas novas em 70 grandes cidades chinesas caíram a um ritmo ligeiramente mais rápido em setembro, mesmo com as medidas governamentais para tentar reverter ou pelo menos minimizar a crise.

Segundo os cálculos do jornal, baseados em dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas, os preços médios de novas casas caíram 0,3% em setembro em relação a agosto. Um mês antes, o declínio de foi de 0,29%.

  • Leia também: Com crises afetando EUA, China e Europa, como (e onde) o brasileiro deve investir?
  • A plataforma de telemedicina Conexa fechou uma fusão com o Zenklub, empresa especializada em terapia on-line que realiza cerca de 1 milhão de consultas, por ano. Em 2021, a Conexa já havia se unido à Psicologia Viva, outra rede focada em saúde mental — um mercado que cresce a passos largos há três anos, desde a pandemia. O Brasil é o país com a população mais ansiosa e o terceiro com o maior número de casos de depressão no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
  • A fabricante de telhas Eternit anunciou nesta quarta-feira (18) seu pedido de encerramento da recuperação judicial. Isso foi feito juntamente com um pedido de homologação de modificação no plano, que tinha sido aprovado em 2019. A empresa entrou com um termo de adesão que muda a forma de pagamento dos credores concursais trabalhistas. A resolução dessa parte dos credores era o que faltava para que a Eternit conseguisse encerrar o processo.
  • A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas adicionou mais um elemento ao cenário complexo que o petróleo enfrenta nos últimos meses e colocou a Petrobras sob pressão para reajustar preços. Uma eventual escalada do conflito, com entrada de outros países, poderia elevar preços e de suprimento global da commodity e derivados, com reflexos no mercado brasileiro, avaliam especialistas ouvidos pelo Valor. O possível envolvimento do Irã, um produtor relevante, poderia levar as cotações a ultrapassar a barreira dos US$ 100.
  • A Vale informou ao mercado na noite de quarta-feira que não foi notificada oficialmente sobre pedido de indenização de R$ 100 bilhões feito pelas Defensorias Públicas e Ministérios Públicos de Minas Gerais, Espírito Santo e da União referente aos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em novembro de 2015.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

Jerome Powell — Foto: Fed/Divulgação
Jerome Powell — Foto: Fed/Divulgação



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