Dia tem balanços importantes no Brasil e EUA e dados de contas públicas | Bolsas e índices
A terça-feira (23) é marcada pela temporada de balanços e alguns números importantes mundo afora. Por aqui, a temporada de balanços começa com resultados da Usiminas antes da abertura do pregão. Nos Estados Unidos, as expectativas estão com os números da Tesla, que passa por uma crise. Na agenda de indicadores, há o Boletim Focus e dados da arrecadação federal de março por aqui. Lá fora, o mercado repercute o índice de gerentes de compras (PMI na sigla em inglês) composto da zona do euro, que mostrou mais força do que o esperado na preliminar de abril.
A temporada de balanços brasileira é aberta com dados da Usiminas, mas as expectativas são de uma queda no lucro da companhia. Os dados serão divulgados antes da abertura do pregão e podem repercutir ao longo do dia.
Mas não é só nos balanços locais que os investidores estão de olho. Hoje, a Tesla divulga seu balanço do primeiro trimestre em meio a uma crise. As ações da companhia, inclusive, caíram quase 20% nos últimos 30 dias devido à queda na demanda por veículos elétricos e o aumento da concorrência nesse setor. Portanto, o assunto deve ficar no radar dos investidores.
Outra empresa de tecnologia que também atrai os holofotes é o Spotify, que logo pela manhã divulgou um lucro de 197 milhões de euros e, com isso, reverteu o prejuízo do ano anterior.
Além da agenda corporativa, hoje também há algumas divulgações de indicadores importantes não só no Brasil como lá fora.
Por aqui, os investidores acompanham as projeções do Boletim Focus para a economia. Em sua última leitura, o levantamento semanal do Banco Central mostrou que os economistas passaram a projetar uma Selic maior no fim deste ano, o que acendeu um alerta no mercado.
Além disso, os investidores também ficam de olho no resultado da arrecadação de março. Os dados saem às 10h30 e às 11h haverá coletiva de imprensa com o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, auditor fiscal Claudemir Malaquias, e com o coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, auditor fiscal Marcelo Gomide.
O assunto segue no radar porque a questão fiscal continua sendo um dos principais pontos de atenção não só do Banco Central como do mercado. Afinal, as contas públicas desalinhadas, bem como um governo mais “gastão”, tendem a trazer consigo mais inflação, o que atrapalha o caminho de queda da taxa básica de juros.
Por fim, o mercado também repercute hoje o PMI composto (ou seja, que inclui dados de serviços e indústria) da zona do euro, divulgado logo cedo. O indicador preliminar de abril ficou em 51,4 pontos e mostrou mais força do que o esperado, já que as estimativas eram de 50,7 pontos.
Por um lado, o número pode trazer otimismo ao mostrar que a economia europeia está se recuperando. Por outro, uma atividade mais pujante tende a trazer também mais pressões inflacionárias, o que pode trazer cautela (e, claro, respingar negativamente nos mercados considerados mais arriscados, como o Brasil).
