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Dia é marcado por recuperação chinesa, alta do petróleo, indústria nos EUA e varejo no Brasil | Bolsas e índices


A China anunciou mais uma redução de juros por lá. Os repetidos esforços para incentivar a economia parecem estar surtindo algum efeito, tendo em vista que dados da produção industrial e do consumo vieram mais forte do que o esperado no país asiático. O assunto, claro, deve repercutir no pregão de hoje, que também terá dados da indústria dos Estados Unidos. O mercado também segue acompanhando a escalada do petróleo, que ganha força com a recuperação chinesa e pode se refletir positivamente no Ibovespa. Por aqui, o dia é marcado pelos dados de vendas do varejo de julho, após os serviços surpreenderem positivamente.

Ontem (14), o banco central da China cortou mais uma taxa de juros de curto prazo. A decisão veio um dia depois de o governo informar que vai reduzir a quantidade de depósitos que os bancos têm de manter como reservas. A ideia é estimular mais empréstimos e incentivar a economia.

A taxa de juros das operações de recompra reversa de 14 dias saiu de 2,15% para 1,95%. Ao mesmo tempo, o Banco Popular da China (PBoC) injetou 34 bilhões de yuan (cerca de US$ 4,67 bilhões) em liquidez por meio do mecanismo de política monetária.

A medida é mais um dos esforços que o governo chinês tem feito para incentivar a atividade econômica, que segue patinando por lá. As ações, no entanto, parecem estar começando a surtir efeito agora. Não à toa, a produção industrial e o consumo melhoraram em agosto.

A indústria cresceu 4,5% na comparação anual, o que mostra uma aceleração, já que em julho o crescimento havia sido de 3,7%. O número, inclusive, veio acima do crescimento esperado pelo mercado, que apontava um avanço de 4,1%.

As vendas no varejo, por sua vez, cresceram 4,6% em agosto na base anual e também mostraram uma melhora, dado que em julho o indicador avançou 2,5%. O número veio acima do crescimento de 3,5% esperado pelos economistas.

Os sinais de melhora na China devem se refletir em todo o mundo, especialmente no preço de commodities. Isso porque o país asiático pode voltar a ter demandas maiores, o que pode ajudar a puxar o preço de matérias-primas para cima.

O petróleo, por exemplo, já vem mostrando uma escalada no preço há alguns dias, especialmente após a Arábia Saudita e Rússia terem prolongado o corte no fornecimento do produto. Com um eventual aumento da demanda chinesa, os preços tendem a subir ainda mais.

Por aqui, isso pode trazer uma consequência positiva para a bolsa, uma vez que as ações da Petrobras (uma das que têm maior peso no Ibovespa) podem acompanhar a alta e subir junto, ajudando a puxar o índice para cima.

Além da China, quem também publica dados de produção industrial nesta sexta-feira são os Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) divulga os números de agosto às 10h15 de Brasília.

Por aqui, o ponto alto do dia é a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de julho, divulgada pelo IBGE às 9h. Segundo a mediana de estimativas de 30 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, o volume de vendas do varejo restrito deve ter crescido 0,5% em julho ante junho. As projeções que variaram de uma queda de 0,5% a um avanço de 1,2%.

  • A Vibra Energia concluiu a integração de todos os sistemas de marketing de suas marcas (BR Mania, Lubrax +, Postos Petrobras e Premmia, além dos combustíveis aditivados). A medida se insere em processo de transformação digital que busca fornecer dados e informações com o objetivo de melhorar o relacionamento da companhia com os clientes em seus mais de 8,3 mil postos de combustíveis.
  • Após forte crescimento na alavancagem, a empresa de logística Sequoia, uma das maiores transportadoras de varejistas do país, voltou a pedir “waiver” (perdão temporário) aos titulares dos títulos de dívidas em circulação de sua 3ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações. A solicitação se refere ao descumprimento de indicadores financeiros, que precisam ser respeitados nesses contratos, relativas ao pagamento das parcelas de remuneração de outubro de 2023 a dezembro de 2025.
  • O banco francês BNP Paribas, que já é bastante forte no Brasil nos mercados de emissão de dívida (DCM, na sigla em inglês), considera a possibilidade de também entrar em operações de ações (“equity capital markets”, ECM). A instituição ainda não decidiu se vai mesmo por esse caminho, que exigiria a obtenção de uma licença de corretora, mas o movimento faz parte da estratégia global do grupo. Em 2019 o BNP fez um acordo para ficar com parte da área de equity do Deutsche Bank. Em 2021, fechou acordo com o Credit Suisse para encaminhamento de clientes de “prime services” (atividades como custódia e outras, voltadas ao público institucional) e comprou a fatia que ainda não possuía na corretora europeia Exane.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

China protestos — Foto: Getty Images
China protestos — Foto: Getty Images



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