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Dia é marcado por PIB dos EUA, falas de Powell, ‘inflação do aluguel’ e contas públicas | Bolsas e índices


A quinta-feira (28) é marcada pela leitura final do PIB do segundo trimestre nos Estados Unidos e uma fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ao fim do pregão. As atenções seguem voltadas aos EUA devido ao risco de “shutdown”. Por aqui, pela manhã há a divulgação do IGP-M, conhecido como “inflação do aluguel”, além do Relatóprio Trimestral de Inflação, seguido de entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. À tarde, o Tesouro divulga o resultado primário de agosto.

Hoje, às 9h30 de Brasília, o Departamento do Comércio dos EUA mostra a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2023. A leitura anterior mostrou uma alta de 2% na comparação com o primeiro trimestre. Agora, a expectativa é de alta de 2,1%.

O indicador vai mostrar a real resistência da economia norte-americana em um cenário mais conturbado, de juros altos e riscos políticos. Por lá, a Câmara (comandada pelos republicanos, partido de oposição ao presidente Joe Biden) recusou a proposta de um acordo provisório vinda do Senado para evitar a paralisação do governo americano (o chamado “shutdown”) já a partir do próximo domingo (01). O plano, aprovado pelos líderes democrata e republicano do Senado previa um financiamento do Estado até meados de novembro.

No fim do dia, o mercado ainda se concentra nas falas de Jerome Powell, presidente do Fed, que modera um evento às 17 de Brasília e pode dar pistas sobre o futuro dos juros por lá. Atualmente, com a perspectiva de novas altas, o mercado tem visto uma fuga de dólares de países emergentes para os EUA, o que tem ajudado na alta da moeda norte-americana.

Por aqui, às 8h, o Banco Central divulga o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do terceiro trimestre, com as projeções da autoridade monetária para indicadores como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e PIB. No relatório do segundo trimestre de 2023, o BC projetava que o IPCA ficaria em 3,1% em 2025. Para 2023 e 2024, as estimativas eram respectivamente de 5% e 3,4%. A probabilidade de o terminar 2023 abaixo do piso da meta era 0% e de ficar acima do teto é 61%, de acordo com as estimativas do RTI de junho.

No mesmo horário, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) informa o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M, conhecido como “inflação do aluguel”) de setembro. O índice cai 0,14% em agosto, após queda de 0,72% no mês anterior. Com este resultado, o índice acumula taxa de -5,28% no ano e de -7,20% em 12 meses.

Por fim, às 14h30, a Secretaria do Tesouro Nacional publica o Resultado Primário do Governo Central. O documento reúne as contas do Tesouro, da Previdência Social e do Banco Central de agosto. Em julho, o governo central registrou déficit primário de R$ 35,933 bilhões.

Os dados são importantes porque o Banco Central vem reforçando a importância de o governo zerar o déficit fiscal (de acordo com o que é o objetivo fixado pelo Ministério da Fazenda) no ano que vem.

  • A Netflix, a maior empresa de streaming de vídeos do mundo, prepara a sua produção mais ambiciosa para o mercado brasileiro, contando a história do piloto Ayrton Senna. A minissérie é o projeto mais importante do investimento de R$ 1 bilhão que a companhia está fazendo no mercado brasileiro. Segundo Elisabetta Zenatti, vice-presidente de conteúdo da Netflix Brasil, a empresa vai investir R$ 1 bilhão em produções no país nos anos de 2023 e 2024. A plataforma desembarcou há 12 anos no país e este é o maior investimento já feito.
  • Varejistas e indústrias brasileiras se movimentam para retomar as discussões, junto ao governo, em torno do fim da atual isenção de imposto de importação para remessas internacionais de até US$ 50. Declarações recentes da secretaria-executiva do Ministério da Fazenda, de que não há previsão para se rever a isenção, geraram desconforto entre líderes dos setores, apurou o Valor.
  • O início da operação comercial das chamadas constelações de baixa órbita, como a da Starlink, empresa do bilionário Elon Musk, teve efeito disruptivo sobre o mercado de comunicação via satélite, que passa por uma reorganização tanto em termos tecnológicos quanto de modelo de negócios. A Starlink estreou no mercado brasileiro em 2022.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo realdo Valor Econômico

Brasil e Estados Unidos — Foto: Getty Images
Brasil e Estados Unidos — Foto: Getty Images



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