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Dia é marcado por decisão monetária na Europa, inflação nos EUA, serviços no Brasil e legalização das casas de apostas | Bolsas e índices


Após as divulgações de dados inflacionários no Brasil e nos Estados Unidos, a semana segue agitada com decisão de política monetária na Europa. O Banco Central Europeu (BCE) comunica o que acontecerá com os juros por lá às 9h15 de Brasília e o mercado deve acompanhar de perto. Logo na sequência, às 9h30, os EUA divulgam mais um indicador de inflação, desta vez o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês). Por aqui, os agentes financeiros acompanham dados de serviços, que serão divulgados às 9h, e ficam de olho na movimentação da agenda econômica do Congresso, especialmente após a aprovação da legalização das casas de aposta ontem (13).

O texto-base do projeto de lei que regulamenta as apostas esportivas no Brasil e legaliza jogos de azar em plataformas on-line foi aprovado ontem à noite. O texto agora segue, em regime de urgência, para o Senado Federal.

A proposta é uma das apostas do governo, especialmente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação federal e, assim, ajudar a cumprir a meta de zerar o déficit fiscal já em 2024. A aprovação, portanto, deve trazer algum bom humor para o pregão.

Além disso, na agenda local também está prevista a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de julho, que será divulgada às 9h pelo IBGE. Em junho, o volume de serviços desacelerou no Brasil e subiu apenas 0,2% após ter avançado 1,4% em maio.

O indicador é importante para saber a quantas anda a recuperação econômica brasileira, especialmente em termos de pressões inflacionárias. Afinal, uma economia muito pujante tende a trazer os preços para cima. Portanto, esses indicadores pode trazer pistas sobre o espaço que o Banco Central tem para continuar diminuindo os juros sem que isso volte a trazer a inflação para cima.

Lá fora, o mercado aguarda a decisão do BCE a respeito dos juros na zona do euro. A nova taxa será divulgada às 9h15 de Brasília seguida de entrevista da presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, às 9h45.

No mercado ainda não é um consenso se haverá uma nova alta ou não. Na última reunião, o BCE elevou os juros em 0,25 ponto percentual e deixou claro que novas altas seguiriam no radar caso a inflação não arrefecesse.

Ao mesmo tempo em que indicadores econômicos vindos de lá mostram uma atividade mais enfraquecida (o que traz, portanto, menos pressão inflacionária), a alta dos preços continua longe da meta. Portanto, as apostas estão divididas.

Por fim, o dia ainda conta com mais um indicador de inflação vindo dos EUA. O Escritório de Estatísticas do Departamento do Trabalho (BLS, na sigla em inglês) dos EUA revela, às 9h30 (de Brasília), o índice de preços ao produtor (PPI) de agosto. Em julho, o PPI cheio subiu 0,3% no mês e aumentou 0,8% no ano. As estimativas são de 0,4% para a alta mensal e de 1,2% para a anual.

Ontem, a inflação de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) veio em linha com o esperado e mostrou uma aceleração. Apesar disso, o núcleo (que exclui choques específicos, como a variação do combustível e de alimentos) mostrou certo arrefecimento. Com isso, as apostas em uma nova alta dos juros nos EUA (decisão que será anunciada pelo Federal Reserve, o Fed, no dia 20 de setembro) também segue dividida.

  • A Apple não é a única fabricante de smartphones a manter os preços de lançamento do iPhone 15, anunciado na quinta-feira (12), no mesmo patamar da geração anterior, o iPhone 14, que chegou ao Brasil em outubro de 2022. A tática de segurar os valores de lançamento também é praticada pela Samsung, principal concorrente da Apple e líder do mercado de celulares no mundo.
  • Dados preliminares da Gol, Latam e Azul apontam que a expansão do mercado doméstico brasileiro continuou em agosto com a demanda (medida em passageiros-quilômetro transportados pagos, ou RPK, na sigla em inglês), com crescimento de 8% no mês comparado a igual período de 2022. Os números, compilados pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), mostram que este foi o quarto mês seguido em que a demanda superou a verificada antes da pandemia no mercado doméstico.
  • O banco Safra, um dos credores da varejista Americanas, enviou nesta quarta-feira notificação à diretora de relações com investidores da varejista, Camille Loyo Faria, para questionar se a empresa teve acesso às delações de seus ex-executivos, que estão sob sigilo. O questionamento ocorreu após a Americanas citar, em nota ao mercado, que tais denúncias feitas ao Ministério Público Federal (MPF) sustentariam a acusação de que o ex-presidente da companhia, Miguel Gutierrez, teve responsabilidade direta na fraude sofrida pela empresa.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

Cédulas do mundo — Foto: Getty Images
Cédulas do mundo — Foto: Getty Images



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