Câmbio

Com aumento dos riscos fiscais, Citi muda aposta na moeda brasileira | Brasil e Política


“As notícias fiscais têm sido marginalmente negativas”, ressaltam os estrategistas Dirk Willer e Juan Andres Paez. “Na sexta-feira, o real enfraqueceu depois que o presidente Lula afirmou que dificilmente o governo conseguirá cumprir a meta de resultado primário zero em 2024 e indicou que há pouca diferença entre ter um déficit de 0,5% do PIB”, dizem os profissionais, ao apontarem, ainda, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou acalmar os ânimos ao dizer que há um compromisso de Lula com a política fiscal e que buscará o equilíbrio das contas públicas.

“No entanto, o mercado não gostou de seus comentários gerais, especialmente quando mencionou que as contas públicas enfrentam uma situação desafiadora e que as receitas continuam a frustrar as projeções”, dizem os estrategistas.

Eles, assim, destacam que o momento não é bom para ruídos fiscais, ao terem em vista o cenário global. “Durante os ‘bons tempos’ globais, o mercado tem prazer em perdoar as questões locais e deixar os ruídos fiscais em segundo plano. Durante tempos globais piores, os ‘vigilantes’ da dívida pública voltam e o mercado está mais disposto a operar notícias negativas.”

Além disso, os estrategistas do Citi observam que novembro costuma ser um período “historicamente difícil” para o real, embora ressaltem que não encontraram estratégias de ‘trading’ fortes baseadas em sazonalidades. Eles lembram que, no mês de novembro, a sazonalidade do câmbio local costuma ser impulsionada por pagamentos de dividendos.

Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.



Valorinveste

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo