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Bolsas da Europa sobem 2% com ‘tom suave’ do Fed e possíveis novos estímulos na China | Investimento no Exterior


O índice Stoxx 600, que compila ações de 17 mercados da Europa, fechou em alta de 1,96%, a 452,48 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 1,95%, a 15.423,52 pontos, o índice londrino FTSE 100 avançou 1,82%, a 7.628,21 pontos, e o parisiense CAC 40 valorizou 2,01%, a 7.162,43 pontos.

As ações europeias operaram em alta desde o início do pregão diante da esperança de que a China libere mais estímulos à economia, que encontra dificuldade de se recuperar este ano após um período de fraqueza por conta da pandemia de covid-19. De acordo com a Bloomberg, autoridades chinesas planejam aumentar o déficit orçamentário em até 1 trilhão de yuans (US$ 137 bilhões) para abarcar os novos estímulos, que incluem gastos em infraestrutura.

Para Michael Hewson, analista-chefe da CMC Markets, o montante é pequeno e não deve mudar o cenário chinês de forma considerável, “mas é um reconhecimento de que pode ser o início de outras medidas fragmentadas”.

Outro fator que apoiou a busca por risco hoje foram comentários de dirigentes do Fed, que abandonaram a postura conservadora recente e reduziram as chances de que o BC volte a subir juros neste ciclo. Ontem, o vice-presidente Philip Jefferson e a presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, transpareceram cautela em apertar mais a política monetária diante da alta recente dos juros de mercado nos EUA. Hoje, Raphael Bostic, da distrital de Atlanta, foi categórico ao afirmar que não vê necessidade por mais aumentos de juros para conduzir a inflação à meta de 2% ao ano.

Os comentários dos dirigentes do Fed provocaram uma forte queda das taxas dos Treasuries, que já recuavam diante da busca por segurança em meio ao conflito entre Israel e Hamas. “Com a reabertura total do mercado de Treasuries, está claro que Wall Street aposta que o Fed terminou [de subir os juros]. Uma recuperação duradoura dos Treasuries parece improvável, dadas as grandes mudanças estruturais de maior oferta e a incerteza com relação à demanda”, diz Edward Moya, analista-sênior da Oanda.

Conteúdo publicado no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.



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