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Bolsas da Europa fecham pressionadas por manutenção da política restritiva nos juros | Investimento no Exterior


Os principais índices acionários do continente europeu encerraram o dia no vermelho, em meio a dados mistos de atividade nos países da região, além de falas da presidente do Banco Central Europeu (BCE) reforçando que os juros permanecerão elevados por mais tempo e, também, com as quedas em papéis ligados ao petróleo.

O índice Stoxx 600, que compila ações de 17 mercados europeus, fechou em queda de 0,14%, a 440,08 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve alta marginal de 0,10%, a 15.099,22 pontos, e em Paris, o CAC 40 ficou estável, a 6.996,73 pontos. O índice londrino FTSE 100, por sua vez, caiu 0,77%, a 7.412,45 pontos.

Mais cedo, dados mostram que o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que reúne dados do setor industrial e também de serviços, teve ligeira alta em setembro para 47,2, de 46,7 em agosto, registrando a quarta leitura consecutiva abaixo de 50, que indica contração econômica. Na Alemanha, o indicador também teve ligeira alta, indo de 44,6 para 46,4, mas também permaneceu abaixo dos 50. Na França e no Reino Unido, contudo, o dado registrou queda.

“A procura de bens e serviços está diminuindo, embora a procura de bens esteja diminuindo mais rapidamente”, destaca a Pantheon Macroeconomics, em relatório, avaliando o PMI da zona do euro, porém, fazendo ressalvas.

“Ainda assim, os preços de venda subiram a um ritmo mais lento do que em agosto e, na verdade, em qualquer momento dos últimos dois anos e meio, apoiando a nossa opinião de que a inflação continuará a diminuir nos próximos meses e deixando-nos confiantes no nosso apelo de que é desnecessário um maior aperto monetário do BCE”, completa.

Essa leitura corrobora parte das palavras de Christine Lagarde, presidente do BCE, hoje cedo. Lagarde destacou nesta quarta-feira que as principais taxas de juros da instituição atingiram níveis que, se mantidos por um período suficientemente longo, contribuirão substancialmente para o regresso da inflação à meta de 2%.

Além dos dados fracos e do reforço da perspectiva de juros altos por mais tempo, os índices também foram afetados pelas quedas em papéis ligados ao petróleo, como BP, Eni, Repsol, Shell e Total Energias, que fazem parte do índice Stoxx.

Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.

pressão — Foto: Getty Images
pressão — Foto: Getty Images



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