As projeções do mercado para o IPCA, indicador oficial de inflação no país, para o ano que vem (a que o Banco Central mais acompanha na hora de decidir o futuro da Selic) voltaram a se manter no mesmo patamar após duas semanas seguidas de alta. A estimativa se manteve em 3,88%. A projeção para este ano, no entanto, ficou menor: saiu de 4,86% para 4,75%, após ficar igual nas últimas semanas.
Para 2025, a previsão seguiu em 3,50%, assim como nas semanas anteriores.
As estimativas estão no Boletim Focus do Banco Central, que apresenta as expectativas dos economistas para os principais indicadores econômicos do país e é divulgado toda segunda-feira.
A meta de inflação perseguida pela autoridade monetária é de 3,25% em 2023 e de 3% em 2024 e 2025, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.
Os agentes financeiros acompanham essas previsões de perto, porque elas podem influenciar nas apostas para as decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
A autoridade monetária fez um novo corte de 0,5 ponto percentual nos juros na última reunião, o que levou a Selic para 12,75% ao ano e sinalizou que novas quedas da mesma magnitude podem acontecer.
A expectativa mediana para a Selic no fim de 2023, 2024 e 2025 continuou igual, em 11,75%, 9% e 8,50%, respectivamente. O mesmo aconteceu nas semanas anteriores, quando as previsões ficaram nos mesmos patamares.
A expectativa mediana para o crescimento da economia, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB), em 2023 ficou no mesmo patamar, assim como nas semanas anteriores. A projeção segue em 2,92%.
As previsões para o crescimento da economia em 2024 e 2025 também seguiram iguais, em 1,50% e 1,90%, respectivamente.
Após subir na última semana, a expectativa mediana para o dólar no fim de 2023 foi mantida em R$ 5.
Já ara o final de 2024, a previsão para o dólar subiu de R$ 5,02 para R$ 5,05.
Para o fim 2025, a projeção ficou igual, em R$ 5,10, assim como nas semanas anteriores.
Com Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor Econômico.
