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Boletim Focus e falas de Campos Neto marcam a segunda-feira de liquidez reduzida | Bolsas e índices


A segunda já começa com liquidez reduzida devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, que fecha o pregão por lá. A semana, inclusive, é marcada por um mercado mais parado, já que no Brasil a bolsa fecha no Dia da Independência na quinta-feira (7). Na pauta do dia, o destaque vai para o Relatório Focus e para as falas de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central em evento promovido pelo J.P. Morgan. Na agenda de indicadores dos próximos dias, se destacam o Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e indicadores de atividade econômica e inflação em locais como a zona do euro e China. Por aqui, a produção industrial, que será divulgada amanhã (5), entra no radar.

Após o PIB do segundo trimestre surpreender positivamente na última sexta-feira, o mercado fica atento às consequências disso para a inflação e juros. Há quem diga, por exemplo, que o aquecimento da economia acima do esperado pode trazer pressões inflacionárias, especialmente no setor de serviços.

O fato é que com os novos indicadores econômicos, as expectativas do mercado estão mudando. As projeções do próprio Banco Central devem mostrar isso. Segundo Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária, a previsão para o PIB deste ano devem ser revisadas para “perto de 3%”.

Portanto, os investidores devem repercutir bastante o Boletim Focus de hoje, no qual a expectativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a subir. Desta vez, a projeção foi de 4,90% para 4,92%. Na semana passada, a previsão havia ficado no mesmo patamar.

O relatório divulgado toda segunda-feira pelo BC trazendo as projeções do mercado para os principais indicadores econômicos do país.

Além disso, em busca de pistas sobre o futuro da Selic, os agentes financeiros também ficam de olho nas falas de Campos Neto em evento do banco J.P. Morgan às 14h.

Ao longo da semana, outros indicadores importantes entram no radar. Amanhã (5), o mercado acompanha a produção industrial de julho no Brasil, que será divulgado pelo IBGE.

Na quarta-feira (6), dados de vendas no varejo na zona do euro, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços nos EUA e o famoso Livro Bege, serão os destaques do dia. Para quem não sabe, o documento é um resumo das condições econômicas atuais dos Estados Unidos e serve como base para as discussões do Fed na próxima reunião sobre a política monetária. As expectativas são de uma nova alta nos juros.

Na quinta-feira, será conhecida a terceira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro. E, por fim, na sexta-feira, os investidores acompanham dados de inflação ao consumidor na Alemanha e China.

  • Os acionistas da Rodovias do Tietê — a Lineas International Holding e a AB Concessões, controlada pela italiana Mundys (ex-Atlantia) — e seus credores, formados por um grupo de debenturistas detentores de R$ 2 bilhões em dívidas, estão em negociação para chegar a uma saída para a companhia, em recuperação judicial há quase três anos.
  • O Observatório da Diversidade na Propaganda (ODP) acaba de divulgar metas, a serem alcançadas de forma gradual até 2029, para ampliar a diversidade nas agências de publicidade brasileiras. O objetivo é ampliar em 19 pontos percentuais a presença de mulheres negras em cargos de liderança — hoje, a participação é de 4,6%, e nenhuma delas ocupa a presidência. Também não há pessoas com deficiência à frente das empresas e essa parcela da população é representada por apenas 1,6% dos funcionários — a ideia é alcançar entre 2% e 5% até 2029. Outro segmento sem representação no cargo mais alto é a comunidade transgênero.
  • O estoque de condomínios logísticos de alto padrão cresceu quase 41% no Estado de São Paulo desde o fim de 2019, apontam dados da consultoria SiiLA. A área passou de 7,8 milhões de m2 para 10,97 milhões de m2 até o segundo trimestre deste ano. A vacância não sofreu grandes alterações, o que mostra a força da demanda. Hoje em 10,2%, atingiu um mínimo de 9,2% no terceiro trimestre de 2020, afirma Giancarlo Nicastro, CEO da consultoria.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central do Brasil. — Foto: Ana Paula Paiva / Valor
Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central do Brasil. — Foto: Ana Paula Paiva / Valor



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