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Após aprovação de taxação de fundos, mercado acompanha ‘prévia da inflação’, decisão de juros na Europa e PIB dos EUA | Bolsas e índices


Com a aprovação, no fim do dia, do projeto de lei que taxa os fundos exclusivos e offshore, o pregão pode ganhar um tom de otimismo na bolsa brasileira. O dia, porém, conta com outros assuntos importantes em pauta. A começar pela “prévia da inflação”, que será divulgada às 9h. Além disso, no exterior há duas divulgações importantes na sequência: a decisão monetária da zona do euro, às 9h15 de Brasília, e a preliminar do PIB dos Estados Unidos no terceiro trimestre, às 9h30. A temporada de balanços também segue no radar, com Amazon e Vale após o fechamento do pregão.

Ontem à noite, a Câmara dos Deputados concluiua aprovação do projeto de de lei da tributação dos investimentos offshore (fora do país) e em fundos exclusivos (com poucos cotistas). O texto-base foi aprovado com apoio de 323 parlamentares ante 119 votos contrários. Agora, a proposta segue para apreciação do Senado Federal.

O projeto é importante porque é uma das prioridades do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Por meio dele, o governo visa aumentar sua arrecadação, que é uma das condições fundamentais para que o arcabouço fiscal funcione. Para quem não sabe, esse é o conjunto de regras que o governo federal precisa cumprir para deixar as contas públicas saudáveis. Com os gastos federais sob controle, há além de uma inflação moderada, uma maior atração de capital, uma vez que o país mostra-se “seguro” para os investidores.

  • Leia também: Entenda a taxação de fundos exclusivos e offshores em 7 pontos

Hoje o mercado também repercute a “prévia da inflação”, outro assunto fundamental para a bolsa. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) será divulgado pelo IBGE às 9h. Segundo a mediana das projeções de 40 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, a prévia da inflação oficial do país, deve ser de 0,21% em outubro. Caso isso se concretrize, o indicador mostra uma desaceleração ante a alta de 0,35% de setembro e pode trazer bom humor. Além disso, uma inflação controlada pode embasar a tese de que o Banco Central pode acelerar o ritmo de cortes da Selic.

E por falar em juros, hoje é dia de o Banco Central Europeu (BCE) divulgar sua decisão monetária às 9h15. Às 9h45, a presidente da autoridade, Christine Lagarde, faz seu discurso. Dados recentes da economia europeia mostraram que a atividade segue patinando por lá. E em meio a um cenário de economia enfraquecida, é possível esperar uma pausa na sequência de alta dos juros.

Por fim, às 9h30, há a divulgação da prévia do PIB do terceito trimestre nos Estados Unidos. Um resultado mais forte pode ajudar a sustentar a pressão nas taxas dos títulos públicos por lá. Isso acontece porque os sinais de que a economia ainda está aquecida pode significar que ainda há pressão inflacionária que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) precisa conter. Portanto, a expectativa é de que os juros sigam altos por mais tempo nos EUA, o que faz com que os títulos públicos (também chamados de “treasuries”) ganhem mais atratividade. O resultado? O investidor migra de ativos e países mais arriscados (caso do Brasil) rumo à segurança dos treasuries americanos.

Na agenda do dia ainda está a temporada de balanços. Hoje, no fim do pregão, Amazon e Intel divulgam seus resultados lá fora. Aqui, também após o fechamento do mercado, tem balanço da Vale e relatório de vendas e produção da Petrobras.

  • A proposta de formação de uma reserva de remuneração de capital pela Petrobras foi aprovada por parte do conselho de administração da companhia sem respaldo de comitês internos, responsáveis por analisar a questão, que afeta diretamente o pagamento de dividendos. Os pareceres, porém, são apenas recomendações, de cumprimento não obrigatório, ficando a decisão nas mãos do conselho.
  • Os recentes aumentos de preço da celulose e a produção crescente de papel na máquina 28, que entrou em operação em junho em Ortigueira (PR), devem contribuir para o avanço do resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Klabin no quarto trimestre, em relação ao terceiro trimestre, disse ao Valor o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Marcos Ivo.
  • Com a avaliação de que “o pior já passou”, o Santander pretende continuar aumentando os portfólios mais seguros, nos quais já vinha focando, mas também voltar a crescer em linhas nas quais havia pisado no freio, como o cartão de crédito. Isso não significa, no entanto, que o banco seguirá a mesma estratégia utilizada durante o último ciclo de crescimento, que se encerrou em 2021, afirmou o presidente da instituição, Mario Leão.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

gráficos investimento — Foto: Goumbik / Pixabay
gráficos investimento — Foto: Goumbik / Pixabay



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