O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação de preços percebida por famílias com renda entre um e cinco salários mínimos mensais, registrou desaceleração em maio ao atingir 0,35%, após alta de 0,48% em abril. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado de maio, o índice acumula elevação de 5,20% nos últimos 12 meses, apresentando recuo em relação aos 5,32% verificados até abril. No ano de 2025, até maio, o INPC registrou alta de 2,85%, comparado aos 2,49% acumulados até abril. Em maio de 2024, a elevação havia sido de 0,46%.
A principal contribuição para a desaceleração do índice veio do comportamento dos preços dos alimentos, que avançaram apenas 0,26% em maio, uma redução significativa em relação ao aumento de 0,76% registrado em abril. Essa moderação nos preços alimentares foi fundamental para o arrefecimento da inflação que afeta diretamente as famílias de menor renda.
Os produtos não alimentícios também apresentaram ligeira melhora, com elevação de 0,38% em maio, praticamente estável ante o aumento de 0,39% observado em abril. Essa estabilidade indica que a pressão inflacionária sobre os demais itens do orçamento familiar manteve-se controlada no período.
A análise regional revelou disparidades significativas entre as diferentes regiões metropolitanas do país. Brasília registrou a maior variação do INPC em maio, com alta de 1,24%, impulsionada principalmente pelo aumento expressivo da energia elétrica residencial, que subiu 9,30%, e do transporte público urbano, com elevação de 12,90%.
Em contraste, Rio Branco apresentou a menor variação regional, com apenas 0,09% de alta no mês. O resultado da capital acreana foi beneficiado pela queda nos preços do ovo de galinha, que recuaram 9,09%, e do arroz, com redução de 6,26%. Esses dois itens, que vinham pressionando o orçamento das famílias de menor renda nos meses anteriores, finalmente apresentaram alívio na região.
O INPC é considerado um indicador importante para avaliar o impacto da inflação sobre as famílias de menor poder aquisitivo, sendo utilizado como referência para diversos reajustes salariais e benefícios sociais. A desaceleração observada em maio sinaliza uma melhora nas condições de vida dessas famílias, especialmente no que se refere ao acesso aos alimentos básicos.
