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Dia tem ‘prévia do PIB’ e questões fiscais no radar | Bolsas e índices


A semana se encerra com mais um dado relevante para o mercado. O IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central conhecido como “prévia do PIB” abre a sexta-feira (14). Ainda no cenário local, os investidores acompanham a questão fiscal após falas dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, ajudarem a reduzir a percepção de risco. Lá fora, os investidores repercutem a manutenção de juros no Japão, indicadores de expectativa do consumidor nos Estados Unidos e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central Europeu.

Ontem (13), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontou que, em conjunto com Simone Tebet, do Planejamento, começou a discutir a agenda de gastos de 2025. “Pedimos uma intensificação dos trabalhos e até junho queremos ter clareza do orçamento para o ano que vem. Estamos botando bastante força nisso, revisão ampla, geral e irrestrita”. Haddad ainda disse que alguns temas, como super salários, já voltaram a ser discutidos. “O gasto primário tem que ser revisto, o gasto tributário tem que ser revisto e o gasto financeiro do Banco Central também”.

As falas foram suficientes para acalmar um pouco o câmbio, mas não para o Ibovespa fechar o dia no azul.

Portanto, o assunto fiscal deve seguir no radar, assim como outros temas. Um deles é o IBC-Br, indicador conhecido como “prévia do PIB”. Segundo a mediana de 26 estimativas de economistas e instituições financeiras consultados pelo Valor Data, o índice de Atividade Econômica do Banco Central deve mostrar crescimento de 0,45%, em abril ante março. As projeções para o indicador vão desde uma queda de 0,32% e alta de 0,80%. O Banco Central divulga o número hoje, às 9h.

Ainda que um número forte possa trazer um alívio por mostra que a economia segue resiliente, esse resultado também pode trazer cautela por significar que existem pressões inflacionárias no radar.

Lá fora, o dia é de agenda mais fraca. Logo cedo, os investidores devem repercutir a decisão monetária do Japão. O Banco do Japão (BoJ) manteve a sua taxa de juro inalterada nesta sexta-feira, mas decidiu reduzir as compras de títulos do governo. A decisão foi vista como um passo em direção ao aperto monetário.

Nos Estados Unidos, a Universidade de Michigan expõe, às 11h de Brasília, o dado preliminar do índice de confiança do consumidor de junho. Além disso, Austan Goolsbee, presidente do Federal Reserve de Chicago, participa de evento às 15h enquanto Lisa Cook, membro do conselho do Fed, participa de evento às 20h. As falas devem ser monitoradas de perto pelos investidores, que seguem em busca de pistas sobre o futuro dos juros.

Por fim, falando em juros, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, participa de evento às 14h30 de Brasília e os investidores também devem ficar atentos aos sinais dela sobre o que vem por aí. Para quem não se lembra, o BCE reduziu os juros pela primeira vez em cinco anos na semana passada, mas deixou em aberto os próximos passos.

Brasília (DF) 30/03/2023  Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad e do Planejamento, Simone Tebet, durante coletiva sobre a nova regra fiscal.  Foto: José Cruz/ Agência Brasil — Foto: José Cruz/ Agência Brasil/Agência O Globo
Brasília (DF) 30/03/2023 Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad e do Planejamento, Simone Tebet, durante coletiva sobre a nova regra fiscal. Foto: José Cruz/ Agência Brasil — Foto: José Cruz/ Agência Brasil/Agência O Globo



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