Turistas gringos: Onde vão? Quanto gastam? O que compram? | Gastar Bem

Em relação aos primeiros seis meses de 2019, último ano pré-pandemia, o valor é 7,2% maior, segundo dados do Ministério do Turismo.

Somente em junho foram cerca de R$ 2,4 bilhões, segundo maior valor para o mês em 28 anos – atrás de junho de 2014, quando foi realizada a Copa do Mundo no Brasil.

E para onde foi essa dinheirama toda?

Levantamento da Rede, empresa de meios de pagamentos do Itaú Unibanco, aponta que – ao contrário do que se podia imaginar – o estado de São Paulo concentra a maior parte dos gastos dos estrangeiros no país, com 45% do faturamento. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 24%, seguido de Santa Catarina, com 6%, Paraná, com 5,5%, e Minas Gerais, com 4%.

Entre os segmentos com maior alta no consumo estão os “itens obrigatórios”: a hospedagem, com avanço de 66% no faturamento, e as agências de turismo, com 52%.

Para se alimentar, os estrangeiros aumentaram 46% o faturamento de cafés e o mesmo percentual nas pizzarias.

Já no consumo, as lojas de calçados foram o destaque, vendendo 42% a mais para estrangeiros.

“Observamos gastos muito alinhados com os relacionados ao setor de turismo – hospedagem, por exemplo, que representa um terço do total gasto pelos estrangeiros no primeiro semestre”, comenta Angelo Russomanno, diretor da Rede Itaú. “O segmento de calçados é a exceção: apesar de uma representatividade menor, teve destaque neste primeiro semestre, mostrando que o setor tem chamado a atenção dos turistas que visitam o Brasil.”

No geral, houve uma alta de 43% no consumo de estrangeiros no país no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022, segundo o levantamento. O estudo considera as compras realizadas com cartões de crédito emitidos no exterior processadas pela Rede tanto em compras físicas, nas maquininhas, quanto no e-commerce.

De janeiro a junho, entraram no Brasil 92% do total de turistas que visitaram o país em todo o ano de 2022.