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Tesouro Direto no 1º trimestre registra perdas nos títulos de longo prazo | Tesouro Direto
O primeiro trimestre de 2024 foi negativo para os investidores no Tesouro Direto. Todos os títulos, com a exceção do Tesouro Selic, renderam menos do que o CDI, o principal indicador para as aplicações financeiras de renda fixa.
O desempenho foi surpreendente, já que o Banco Central continuou com o ritmo de corte das taxas de juros. A taxa Selic em janeiro de 2024 estava em 11,75% ao ano e fechou o trimestre em 10,75% ao ano. Como regra geral, quanto maior a queda da taxa de juros, maior a valorização dos títulos de renda fixa.
No entanto, não foi isso que aconteceu com o valor de mercado dos títulos do Tesouro Direto. O Tesouro IPCA+ 2035, por exemplo, teve queda de 3,52%. O Tesouro Prefixado 2029 caiu 0,80%.
As maiores perdas foram com os papéis de vencimentos mais distantes
O Tesouro Renda+ com data de conversão em 2065 e vencimento em 2084, o título mais longo oferecido, desvalorizou mais de 16%.
A explicação para o desempenho ruim dos papéis do Tesouro não é muito clara.
A projeção dos especialistas para o comportamento futuro das taxas de juros, capturada no Boletim Focus do Banco Central, não mudou em relação ao que era no começo do ano. O consenso, por enquanto, é que a Taxa Selic vai fechar o ano de 2024 em 9% ao ano e depois cair para 8,5% nos anos seguintes. As projeções para a inflação também não mudaram significativamente.
A desvalorização dos títulos parece mais relacionada ao movimento dos grandes investidores. O Tesouro Direto é oferecido apenas para as pessoas físicas, mas o valor de mercado dos títulos é calculado conforme as negociações efetuadas pelos grandes investidores.
Aspectos relacionados com o potencial de valorização a curto prazo dos papéis têm impacto significativo nas decisões de investimento dos gestores de recursos locais e internacionais.
Portanto, discussões sobre eventuais mudanças nas regras fiscais ou declarações de autoridades que acabem colocando em dúvida os rumos da política econômica têm impacto sobre a cotação dos títulos. E, indiretamente, os investidores no Tesouro Direto acabam sendo afetados.
A tabela abaixo mostra a rentabilidade em 30 dias, no ano e em 12 meses dos títulos do Tesouro Direto.
Os títulos que não possuem rentabilidade acumulada no ano ou em 12 meses estão disponíveis a menos tempo e, por isso, não há cálculo de retorno.
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