Carreira

Startup recém-nascida: o maior e mais desafiador projeto da minha vida – Opinião


No mês passado, mais especificamente há 32 dias, comecei o maior e mais desafiador projeto que tive até hoje. Minha startup foi lançada e o nome dela é Luísa.

Para quem está há quase 20 anos no mercado de trabalho, estudando e construindo estratégias de marca e marketing para algumas das maiores empresas do país – quem é desse mercado sabe o “suador” que a gente passa e o “corre” que a gente faz – confesso que eu não achava que esse novo desafio seria tão mais difícil. Ou melhor, com certeza não tinha a menor ideia do que esperar – e olha que me preparei muito para isso.

Tentei seguir todas as etapas do que se espera de uma empreendedora dedicada de primeira viagem: entender contexto, fazer um bom planejamento, olhar para os dados, pesquisar benchmarks, ler pessoas que são referência, focar na estratégia, garantir uma execução criativa, eficiente e com resultado.

Pois bem, exatamente no primeiro dia tudo caiu por terra. Descobri que eu não sabia da missa a metade, que planejar não iria funcionar como antes e que seria muito mais cansativo do que eu imaginava. Isso os livros até contam, mas é impossível acreditar que o nosso mundo é transformado por completo, ou melhor, vira de ponta cabeça.

Esse é o início da minha experiência com a maternidade: o melhor, maior, mais desafiador e exaustivo projeto da minha vida. Daqueles que são always on, que precisamos fazer war room e ter respostas sempre real time.

Sair de uma agenda executiva e de reuniões estratégicas para uma nova rotina de amamentar, ninar, dormir, trocar fralda e dar banho, que se repete infinitas vezes ao longo do dia, não é fácil. Quantas vezes olhei no espelho e não me reconheci. As prioridades mudam, a velocidade do tempo muda, você muda.

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Em um mês, aprendi com a minha Luísa que eu não sei de nada (ou pouca coisa), e que é uma delícia começar do zero. Que a cada nova descoberta a sensação de realização é incrível e faz todo o cansaço valer a pena. Que os dias difíceis vão passar. E que seguir a minha intuição nunca foi tão importante.

Hoje, começo a sentir orgulho de mim mesma nessa nova versão. Me arrisco a dizer que provavelmente esse seja o meu melhor papel: mãe.

Cuidar, amar, conectar, estar presente, se doar. Em tempos tão difíceis no país e no mundo, maternar deveria ser um soft skill de todos.



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