Quarta tem dados de emprego nos EUA, atividade enfraquecida na Europa, falas de Lagarde e taxação de fundos | Bolsas e índices

Ontem, o relatório “Job Openings and Labor Turnover Survey” (Jolts), divulgado pelo Departamento do Trabalho dos EUA mostrou que o número de vagas de trabalho em aberto na economia dos Estados Unidos subiu para 9,6 milhões em agosto depois de recuar em junho e julho. Os dados vieram bem acima do esperado pelo mercado, que previa uma manutenção das vagas em 8,8 milhões.

O resultados disso foi um aumento do rali dos títulos públicos norte-americanos. Isso porque o mercado de trabalho forte indica que haverá mais pressão inflacionária no país, justamente o que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tenta contar. Com isso, a tese de que uma nova alta de juros aconteça e permaneça por mais tempo ganha força no mercado. Assim, os títulos de dívida do governo (também chamado de “tresuries”) atraem mais investidores. Não à toa, o Ibovespa despencou ontem e o dólar subiu.

Agora, é a vez do relatório de emprego ADP, que mostra a abertura de vagas no setor privado em setembro. Ele será divulgado às 9h15 e pode reforçar a tese de que a atividade segue resiliente nos EUA.

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Ainda lá fora, hoje pela manhã foi divulgado o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto (que inclui indústria e serviços) de vários países europeus medido pela S&P Global. O indicador de atividade mostrou que a contração ainda é uma realidade. Isso porque a maioria dos indicadores veio abaixo de 50 pontos, que indica que há recessão daquela atividade.

Na França, o PMI composto caiu a 44,1 em setembro. Na Alemanha, o índice subiu a 46,4. Na zona do euro, ele subiu a 47,2 no mês. Já no Reino Unido, o indicador caiu a 48,5 no período.

Ainda na zona do euro, houve também a divulgação das vendas do varejo, que mostraram queda de 1,2% na comparação mensal em agosto, bem abaixo do consenso, que esperava um recuo de apenas 0,6%.

Em meio a esses indicadores, o mercado acompanha com atenção as falas da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. No começo desta quarta-feira (4) que as principais taxas de juros da instituição atingiram níveis que, se mantidos por um período suficientemente longo, contribuirão substancialmente para o regresso da inflação à meta de 2%. Portanto, é possível esperar juros maiores por um bom tempo na Europa.

No Brasil, as atenções estão voltadas para a o texto final da proposta que vai taxar os fundos offshore (ou seja, fora do país) e dos fundos exclusivos. O texto deve ser votado hoje no plenário da Câmara.

A proposta é importante porque trata-se de uma das estratégias do governo federal de aumentar a arrecadação e, assim, conseguir cumprir o que está proposto no arcabouço fiscal.

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• A Piraquê, da M. Dias Branco, saltou quatro posições e agora é a terceira marca de alimentos mais consumida fora dos domicílios, como em lanches rápidos no trabalho e na escola, atrás apenas de Lacta e Bauducco. Os dados são da pesquisa Brand Footprint 2023 Brasil, elaborada pela consultoria Kantar. Além da Piraquê, a M. Dias Branco também está presente entre as cinquenta marcas mais populares fora de casa com Vitarella e Richester. No ranking geral de marcas preferidas pelos consumidores fora de casa, que inclui categorias como bebidas e balas, a Piraquê avançou da décima terceira para a sétima posição.
• A Petrobras irá avaliar a aquisição de blocos exploratórios na Bacia de Pelotas, segundo o diretor de exploração e produção, Joelson Mendes. De acordo com o diretor, a estatal realiza estudos no local e aguarda a realização do leilão pela Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) em 13 de dezembro. A bacia tem áreas em águas rasas e profundas, afirma o diretor.
• A Americanas, empresa em recuperação judicial, informou na noite desta terça-feira que será realizada a segunda tranche do financiamento extraconcursal na modalidade “debtor-in possession” (DIP), no valor de R$ 500 milhões, por meio da emissão de debêntures simples. Segundo o fato relevante divulgado pela companhia, o financiamento DIP tem valor total de até R$ 2 bilhões, autorizado em fevereiro deste ano pela 4ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro e foi estruturado de forma a manter o curso normal dos negócios da companhia e reforçar sua liquidez.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico