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Quarta é marcada por impactos da tragédia no RS, decisão do Copom e vendas no varejo | Bolsas e índices


Finalmente chegou a quarta-feira em que a decisão dos juros no Brasil será conhecida. Após o Banco Central deixar claras suas preocupações com o rumo da inflação por aqui, especialmente devido ao mercado de trabalho forte, as apostas estão divididas entre um novo corte de 0,5 ponto percentual e um mais brando, de “apenas” 0,25 ponto percentual na Selic, a taxa básica de juros do país. Os investidores ficarão atentos especialmente ao comunicado da autoridade monetária, que pode trazer pistas sobre o que está no radar do BC e também pode sobre os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul na economia. Na agenda local, há ainda a divulgação da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), que traz dados do varejo relativos a março.

As vendas no varejo restrito devem ter caído 0,1% em março, ante fevereiro, segundo a mediana de 25 projeções financeiras compiladas pelo Valor Data. As projeções vão de uma queda de 2% a um avanço de 0,8%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar os dados às 9h desta quarta-feira (8).

O número é importante porque serve como um termômetro da economia brasileira. Caso mostre uma força além do esperado, é possível que isso se reflita também em mais pressões inflacionárias, o que pode entrar na lista de preocupações do Banco Central.

Em fevereiro, as vendas do varejo surpreenderam e cresceram 1%, bem acima do esperado.

Mas as atenções mesmo estão voltadas para o Copom, especialmente porque o dia é de agenda vazia lá fora. E como se não bastasse as incertezas já mapeadas após os últimos comunicados do Banco Central (especialmente na ata da última reunião do comitê) outra coisa entra no radar agora: a tragédia trazida pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

Além das óbvias consequências negativas no âmbito humanitário e social, a catástrofe também tem efeitos na economia. Primeiro porque pode culminar em mais gastos do governo que impactam a questão fiscal. Além disso, o estado é um dos principais produtores do setor agropecuário do país. Portanto, um desastre dessa magnitude pode impactar a produção e aumentar o preço dos alimentos, o que traz consigo mais inflação.

Portanto, os investidores devem ficar de olho não só na decisão, que não é unanimidade entre as apostas do mercado, mas também ao que o comunicado do Banco Central trará.

Ao longo do dia, os investidores também devem continuar repercutindo a temporada de balanços. No fechamento de ontem, companhias como Prio, GPA, Carrefour e BRF reportaram seus números, o que deve se refletir no pregão de hoje. Após o fechamento, o mercado aguarda resultados de Ultra, Casas Bahia, PetroReconcavo e SLC Agrícola.

Selic — Foto: Getty Images
Selic — Foto: Getty Images



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