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PIB do Brasil, ‘payroll’ nos EUA e indústria na China fecham a semana | Bolsas e índices


Hoje o dia é marcado por indicadores importantes no Brasil e lá fora. Enquanto o mercado se prepara para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre, que será divulgado às 9h, lá fora os agentes financeiros ficam de olho nos dados do “payroll“, relatório que traz informações sobre o mercado de trabalho norte-americano. Os investidores ainda repercutem o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China medido pelo grupo de mídia Caixin, que apontou uma volta do setor para a expansão.

O mercado espera que o PIB do Brasil hoje mostre uma expansão da atividade de apenas 0,3% na comparação trimestral. Em relação ao mesmo período do ano passado, a alta esperada é de 2,6%, segundo a mediana de 69 consultorias e instituições econômicas ouvidas pelo Valor.

Ao contrário do primeiro trimestre, em que a supersafra do setor agro levou o PIB a um crescimento de 1,9% na comparação trimestral, desta vez é esperada uma queda no setor ante o primeiro trimestre. Já para serviços e indústria é esperado um crescimento (ainda que tímido) de ambos os segmentos.

O assunto ganha os holofotes desta sexta-feira, mas não é o único.

Nos Estados Unidos, após o relatório de vagas de emprego Jolts mostrar uma criação de vagas mais tímida e animar o mercado, hoje é dia de mais um indicador de emprego importante, o chamado “payroll“. O indicador é um dos mais importantes relacionados ao mercado de trabalho nos EUA e deve ser acompanhado de lupa, uma vez que pode trazer pistas sobre o próximo passo do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Isso acontece porque os investidores buscam perceber se o mercado segue se mantendo forte mesmo em um cenário de inflação e juros mais altos. Caso o mercado de trabalho mostre resiliência, isso significa que as pressões inflacionárias continuam e que os juros podem subir ainda mais e por mais tempo.

  • Leia também: Mercado de trabalho bombando não é bom? No cenário atual dos EUA, não. Entenda

Além disso, outro assunto vindo do exterior que marca a sexta-feira é o PMI industrial Caixin da China. Na noite de ontem, foi divulgado que o indicador subiu para 51,0 em agosto. Em julho, o indicador veio em 49,2 pontos. É importante lembrar que quando o número está abaixo de 50 significa uma retração. Do contrário, a atividade está em crescimento.

O indicador deve trazer otimismo para o pregão de hoje, especialmente em relação às commodities, uma vez que China é um importante parceiro comercial para inúmeros países, incluindo o Brasil. E se sua indústria mostra uma recuperação, é possível esperar que a demanda por matérias-primas aumente. Investidores devem ficar de olho especialmente em Vale e Petrobras, que têm as maiores participações no Ibovespa.

Além do indicador, outro assunto que pode chamar a atenção são os estímulos do governo chinês à economia. O banco central da China informou que reduzirá a quantidade de depósitos em moeda estrangeira que os bancos precisam manter em custódia, uma medida vista como uma tentativa de fortalecer a moeda do país, o yuan. O PBoC também reduzirá a taxa de reservas cambiais de 6% para 4%. O objetivo é melhorar a capacidade das instituições financeiras de utilizar fundos cambiais.

O país ainda anunciou que pretende reduzir os requisitos mínimos de pagamento inicial para compradores de primeira e segunda casa e cortar taxas sobre hipotecas existentes. Esse é mais um esforço para impulsionar o consumo e resgatar o problema imobiliário da China.

Por fim, o mercado também deve se atentar aos discursos de nomes importantes no evento XP Expert, promovido pela XP Investimentos. A conferência terá a participação de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados às 10h45 e do diretor do Banco Central Gabriel Galípolo às 11h45. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto fala em evento da Lide, em Washington às 13h30 e também deve atrair os holofotes.

  • A Kia se prepara para começar a vender no Brasil um carro com motor 1.0 híbrido flex importado. A marca coreana torna-se, assim, a primeira a anunciar planos de ter um modelo importado híbrido que poderá ser abastecido com etanol. É também a primeira a revelar que desenvolve esse tipo de veículo fora do Brasil. Hoje, os híbridos flex (que podem ser abastecidos com gasolina ou etanol) disponíveis no Brasil são produzidos localmente, pela Toyota e pela CAOA Chery.
  • O Banco Master teve lucro de R$ 290,55 milhões no primeiro semestre deste ano, com alta de 384% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado bruto da intermediação financeira cresceu 228%, a R$ 1,070 bilhão. Em julho, a instituição passou para a classificação S3 do Banco Central, de bancos que possuem porte acima de 1% do PIB. Com isso, entra em uma nova fase e está reforçando suas estruturas de governança.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

Brasil PIB economia gráfico — Foto: Getty Images
Brasil PIB economia gráfico — Foto: Getty Images



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