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Na ‘Super Quarta’ mercado aguarda decisão de juros no Brasil e EUA e repercute taxas da China | Bolsas e índices


Em plena “Super Quarta”, os radares do mercado estão, obviamente, ligados na decisão de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Apesar de o mercado estar praticamente certo de qual será a decisão das duas autoridades monetárias, é o comunicado de ambas que traz o grande suspense do dia. O mercado ainda deve repercutir hoje a decisão do Banco do Povo da China (PBoC) de manter as taxas básicas de juros de um e cinco anos inalteradas.

Hoje (20), às 15h o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) comunica a decisão monetária por lá. As apostas são de que o patamar atual, no intervalo de 5,25% e 5,5%, seja mantido. Apesar disso, os investidores esperam que o comunicado mantenha o tom duro, sem sinalizar o fim do ciclo de alta dos juro.

Portanto as atenções se redobram às 15h30, quando há a entrevista do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell.

Por enquanto, os indicadores norte-americanos seguem mistos. A inflação até deu sinais de alta em agosto. No entanto, os núcleos (ou seja, a variação dos preços sem contar choques específicos, como os que causam aumento dos combustíveis e alimentos) mostraram sinais de arrefecimento e vieram em linha com o esperado. Com isso, parte do mercado entendeu que boa parte da aceleração dos índices se deve à escalada do preço do petróleo, que ganhou força após Arábia Saudita e Rússia manterem a produção mais reduzida. A consequência disso foi um aumento do otimismo.

Por aqui, a inflação vem dando sinais positivos. Em agosto, o IPCA mostrou uma alta menor do que o esperado, o que pode trazer sinais de que é possível baixar até de forma mais acelerada os juros.

As apostas são praticamente unânimes no corte de 0,5 ponto percentual, que traria a Selic para 12,75% ao ano. O comunicado, no entanto, também é o ponto alto do dia, na visão dos investidores. Assim como nos Estados Unidos, não se espera um tom muito otimista, que garanta uma aceleração no ritmo de quedas.

E por falar em juros, o mercado também deve repercutir a decisão da China. Nesta quarta-feira (20), o banco central do país (PBoC, na sigla em inglês) manteve as taxas básicas de juros (LPRs) inalteradas. A LPR de empréstimo de um ano ficou estável em 3,45% ao ano, enquanto LPR de cinco anos manteve-se em 4,20% ao ano.

A manutenção era esperada, especialmente após o banco central ter mantido a ferramenta de crédito de médio prazo (taxa usada pelos bancos para balizar as LPRs) no mesmo patamar.

Recentemente, no entanto, o governo e o banco central chinês têm promovido mudanças a fim de estimular a economia e também o mercado financeiro. Algumas dessas iniciativas foram as reduções na taxa de depósito compulsório (RRR), que os bancos são obrigados a manter custodiado no PBoC, e o afrouxamento das regras para seguradoras investirem em ações. As medidas, inclusive, já começaram a surtir um efeito positivo na economia e no mercado. Ainda assim, os investidores entendem que há um longo caminho de recuperação pela frente.

  • A Apollo Global desistiu de seguir em frente junto com a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc) no processo de compra da Braskem após encontrar portas fechadas para ela na Petrobras e no governo brasileiro, disseram ao Valor duas fontes que acompanham as negociações. Neste momento, as tratativas têm sido conduzidas apenas pelos árabes, que já levaram uma proposta de formação de joint venture com a estatal, com participação de cerca de 50% cada. As conversas têm ocorrido entre governos e o fato de a Adnoc também ser estatal é visto com bons olhos na Petrobras e em Brasília.
  • Em linha com a disseminação do 5G no mundo, a provedora de infraestrutura de telecomunicações IHS Towers investe para ampliar sua rede de fibra óptica de forma a complementar um portfólio de quase 40 mil torres de telefonia distribuídas por 11 países emergentes. Listada na Bolsa de Valores de Nova York desde outubro de 2021, a companhia chegou ao Brasil em fevereiro de 2020 com a compra da empresa Cell Site Solutions (CSS), em São Paulo. No ano seguinte, adquiriu outras duas companhias e agora prioriza a expansão operacional de sua rede de fibra no país — a compra de outras empresas está em segundo plano.
  • Cinco anos após a criação de uma incubadora na área de saúde que, em pouco tempo, se tornou referência no setor, o Hospital Albert Einstein criou um programa para apoiar startups de educação especializadas em saúde. A iniciativa vai ao encontro da estratégia do Einstein que vem ampliando sua área de ensino.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

Brasil e EUA Estados Unidos — Foto: Getty Images
Brasil e EUA Estados Unidos — Foto: Getty Images



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