No intervalo de apenas algumas semanas, a precificação da Selic no fim do ciclo sofreu alterações relevantes. A curva de juros, que chegou a apontar uma taxa básica de 8,75% no fim do ciclo, agora já indica que a Selic deve encerrar 2024 entre 9,5% e 9,75%. O tamanho da reprecificação impressiona em um ambiente de disparada dos juros futuros no mercado local, em um movimento alinhado ao exterior, onde as taxas dos Treasuries renovam as máximas em 15 anos.
“Quando olhamos alguns exercícios que temos feito internamente, observamos que, se fizermos uma modelagem para tentar encontrar a Selic ‘terminal’ com base no núcleo de inflação no Brasil, enxergamos espaço para que os juros possam cair até algo próximo a 8%. Porém, quando incorporamos no modelo o nível dos juros nos EUA e a variação cambial no Brasil, observamos uma limitação para que a Selic caísse até cerca de 10,75%”, diz Roberto Elaiuy, gestor de renda fixa da Kinea Investimentos.
