Mercado repercute PIB da China enquanto monitora Livro Bege nos EUA e dados do varejo no Brasil | Bolsas e índices
A quarta-feira começa com os investidores repercutindo o PIB da China, que veio mais forte do que o esperado no terceiro trimestre, mas desacelerou na comparação anual. Nos Estados Unidos, após indicadores econômicos voltarem a reforçar a resiliêcia da atividade norte-americana ontem (17), a atenção se volta para a apresentação do Livro Bege, que acontece às 15h. Por aqui, após os dados de serviços decepcionarem ontem, o mercado monitora a divulgação das vendas do varejo, que sai às 9h. A agenda do presiente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também fica no radar.
Nesta madrugada, a China divulgou seu Produto Interno Bruno (PIB) do terceiro trimestre. Apesar de o número ter vindo mais forte do que o esperado na comparação trimestral (com um avanço de 4,9% ante uma previsão de 4,5%), o indicador mostrou uma desaceleração. Isso porque no segundo trimestre, o PIB apresentou um avanço de 6,3% na comparação anual. Ante o segundo trimestre, porém, a alta foi de 1,3% entre julho e setembro, o que mostrou uma aceleração em relação ao trimestre anterior, que registrou alta de “apenas” 0,8% ante os três primeiros meses do ano.
Mesmo assim, o número não foi suficiente para alegrar a bolsa por lá. As bolsas asiáticas encerraram o pregão de hoje em queda e, segundo analistas, a crise imobiliária que afeta o país é o que segue preocupando o mercado.
Mas se na China os dados estão desanimadores, nos Estados Unidos os indicadores divulgados ontem voltaram a reforçar a tese de que a economia segue resiliente por lá. As vendas no varejo subiram 0,7% em setembro, acima do consenso. Já a produção industrial subiu 0,3% no mês passado, também superando as expectativas do mercado.
A grande questão, no entanto, é que os dados mais fortes do que o esperado também são indicativos de que mais pressão inflacionária está por vir. Afinal, a economia segue aquecida. E se há mais inflação, é esperada também a manutenção de juros maiores por mais tempo, o que coloca em dúvida a tese de alguns investidores de que os juros nos EUA podem não subir mais.
Agora, o mercado fica atento aos dados do Livro Bege, que serão divulgados às 15h de Brasília. O documento é uma espécie de resumo das condições econômicas atuais do país. Ele serve como base para as discussões do Fede nas próximas reunião sobre a política monetária. Portanto, seus dados devem ajudar os investidores a preverem o futuro dos juros por lá.
Por aqui, o mercado fica de olho nos dados do varejo, que serão divulgados às 9h pelo IBGE.
Segundo a mediana das 31 projeções colhidas pelo Valor Data para a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), o volume de vendas no varejo restrito deve ter caído 0,7%, apagando a alta de 0,7% observada em julho. As estimativas oscilaram entre um piso de -1,2% e alta de 0,8%.
Ontem, os dados de serviços surpreenderam negativamente e mostraram um recuo de 0,9% em agosto.
Além dos indicadores, o que fica no radar é a agenda de Roberto Campos Neto, presidente do BC. Hoje, ele participa de um prêmio da rádio BandNews às 9h30 e faz uma palestra às 11h45.
- A Vale fechou o terceiro trimestre com produção menor de minério de ferro e de níquel frente a igual período de 2022. Em contrapartida, elevou o volume extraído de pelotas e de cobre. Mas, apesar do avanço no cobre, anunciou na noite de terça-feira (17) uma revisão, para baixo, nas estimativas de produção do metal este ano.
- A Excelerate Energy anunciou a assinatura de contrato com a Petrobras para afretamento do navio regaseificador (“FSRU”) Sequoia por dez anos. O serviço entra em vigor em 1° de janeiro de 2024. Segundo a Excelerate, em nota, a companhia continuará prestando serviços de regaseificação no Brasil, principalmente no terminal de regaseificação da Bahia (TR-BA), localizada em Salvador.
Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
