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Mercado repercute Copom e balanços de Banco do Brasil e Casas Bahia enquanto monitora EUA | Bolsas e índices


Nesta quinta-feira (9) os investidores repercutem a decisão do Copom de ontem. O Banco Central resolveu cortar a Selic em 0,25 ponto percentual e ficou claro que há opiniões distintas dentro do Comitê, o que deve mexer com o pregão ao longo do dia. Por falar em decisões monetárias, hoje há a reunião do Banco da Inglaterra (BoE) que irá decidir os juros no Reino Unido. Ainda na agenda internacional, há a divulgação dos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos e falas da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de São Francisco. Na agenda corporativa, os investidores devem repercutir os balanços de Banco do Brasil e Casas Bahia.

Ontem (8), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a meta para a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto, a 10,50% ao ano. Esse foi o sétimo corte consecutivo de uma série iniciada em agosto de 2023, mas o que chamou a atenção, além do corte menor (até então todos eram de 0,5 ponto percentual), foi a decisão dividida do colegiado. Cinco membros (incluindo o presidente do BC, Roberto Campos Neto) votaram pelo corte menor, enquanto outros quatro (todos indicados pelo atual governo) votaram pela manutenção de um corte de 0,5 ponto percentual.

Agora, o mercado deve especular a respeito da postura da autoridade monetária daqui em diante. É importante lembrar que o mandato de Campos Neto vai até o dia 31 de dezembro. A partir daí, um novo mandatário será indicado pelo presidente Lula. Assim, os investidores debatem se o substituto terá uma postura menos conservadora.

Ainda sobre decisões monetárias, o Banco da Inglaterra (BoE, banco central) comunica, às 8h de Brasília, sua taxa de juros. Atualmente, ela está em 5,25% ao ano e a expectativa é de manutenção.

Assim como outros países da Europa, o Reino Unido tenta driblar a inflação alta. Alguns indicadores, no entanto, mostram que a alta dos preços está voltando para o rumo ao mesmo tempo em que a atividade econômica vem se recuperando, o que pode trazer um certo otimismo.

Ainda sobre o exterior, hoje o Departamento de Trabalho dos EUA mostra, às 9h30, de Brasília, o número de novos pedidos de seguro-desemprego requeridos na semana até 4 de maio. Os dados estão no radar porque o mercado de trabalho forte tem trazido mais pressões inflacionárias e, com isso, virou uma das principais preocupações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Por falar na autoridade monetária, a presidente do Federal Reserve de São Francisco, Mary Daly, participa de evento às 15h de Brasília e suas falas devem ser monitoradas com atenção. Os investidores buscam pistas sobre o futuro dos juros por lá. Discursos recentes de dirigentes do Fed apontaram que os juros por lá (que estão em patamares recordes) estão em “uma boa posição” para levar inflação à meta. As falas jogaram uma “água no chope” de quem já sonhava com um corte de juros em breve.

Por fim, hoje os investidores também repercutem balanços importantes. Ontem à noite, o Banco do Brasil divulgou um lucro acima das expectativas, o que pode se refletir positivamente na bolsa hoje, especialmente nas ações do setor bancário. Além disso, o Grupo Casas Bahia reduziu seu prejuízo, o que também pode ter um reflexo positivo no pregão.

tesoura corte de juros porcentagem Selic Copom Fed — Foto: Getty Images
tesoura corte de juros porcentagem Selic Copom Fed — Foto: Getty Images



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