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Mercado ‘digere’ decisões da Super Quarta e acompanha juros no Reino Unido e arrecadação do Brasil | Bolsas e índices


O dia seguinte à “Super Quarta” sem surpresas é marcado por mais três decisões monetárias ao redor do mundo: a do Banco Central da Inglaterra (BoE), da Turquia da África do Sul. Hoje (21), os investidores devem repercutir os comunicados tanto do Federal Reserve (Fed, a autridade monetária norte-americana) quanto o do Banco Central do Brasil. Na agenda local, haverá a divulgação dos dados de arrecadação de agosto, que devem ser acompanhados pelos agentes financeiros.

O Banco da Inglaterra (BoE, banco central) comunicou, às 8h (de Brasília), sua decisão de política monetária. A taxa atual está em 5,25% ao ano e a expectativa era de uma alta para 5,50% ao ano. A autoridade monetária, o entanto, optou por manter a taxa inalterada.

A decisão vem após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido desacelerar em agosto (quando subiu 6,7% na base anual) e surpreender ao vir abaixo do esperado pelos economistas.

Hoje os investidores também devem repercutir as decisões e, principalmente, os comunicados da Super Quarta. No Brasil, o Copom fez o esperado e cortou a Selic em 0,5 ponto percentual, trazendo a taxa básica de juros para 12,75% ao ano. O comunicado, no entanto, sugeriu mais cortes iguais. Portanto, a Selic deve encerrar o ano em 11,75%.

Já nos EUA, o Fed também cumpriu as expectativas e manteve os juros inalterados no intervalo entre 5,25% e 5,5%, mas sinalizou que poderá fazer mais um aumento ainda neste ano.

Os agentes financeiros entenderam que tanto nos EUA como no Brasil, as autoridades monetárias adotaram tom mais “hawkish” (quando se há a intenção de aumentar ou manter os juros elevados), com alertas aos investidores.

Jerome Powell, presidente do Fed, destacou a força da economia americana que segue com uma “resistência acima do esperado”. Já o comunicado do BC voltou a citar o risco fiscal como um ponto de preocupação e reforçou a necessidade de o governo perseguir a meta de zerar o déficit primário no ano que vem.

E por falar nas contas públicas, a Receita Federal comunica hoje, às 10h30, o resultado da arrecadação de tributos federais e contribuições previdenciárias de agosto, o que deve atrair as atenções do mercado.

Em julho, a arrecadação total das receitas federais foi de R$ 201,829 bilhões, retração de 0,37% em termos nominais e de 4,20% em termos reais na comparação com julho de 2022, quando foi de R$ 202,588 bilhões.

  • Os preços da celulose de fibra curta (BHKP), que começaram a se recuperar na China no fim do primeiro semestre e mais recentemente ganharam força também na Europa, seguem em alta em todas as regiões. Para outubro, produtores liderados pela Suzano estão buscando novo reajuste em todas as regiões. A companhia brasileira, maior produtora mundial de celulose de mercado, já anunciou uma nova rodada de aumento de preços, de US$ 30 a US$ 50 por tonelada a depender da região. Segundo fontes de mercado, a Klabin vai acompanhar esse movimento.
  • Fundada em 1980 pelo médico José Salvador Silva, hoje com 92 anos, a rede mineira de hospitais Mater Dei será liderada pela terceira geração da família, até abril do próximo ano. Dos dez netos do fundador, quatro foram escolhidos após um processo de sucessão que começou a ser desenhado em 1995, quando o médico ouviu num curso da Fundação Dom Cabral que apenas 10% das empresas familiares chegavam à terceira geração.
  • A Harald, fabricante de coberturas e chocolates para o segmento especializado, investirá R$ 200 milhões em uma nova fábrica em Santana do Parnaíba, no interior de São Paulo. A unidade está localizada no mesmo complexo de uma fábrica já existente, após a migração das atividades da antiga unidade em Marília (SP). Com a inauguração, a companhia espera dobrar a capacidade de produção nos próximos cinco anos, atendendo as recém-iniciadas operações de varejo e as vendas à indústria alimentícia.

Contém informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

mundo recessão — Foto: Getty Images
mundo recessão — Foto: Getty Images



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