O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve acelerar de 0,12% em julho para 0,29% em agosto, de acordo com a mediana das projeções de 36 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data.
As projeções variam de 0,24% a 0,4%. Os dados oficiais serão divulgados nesta terça-feira, às 9h, pelo IBGE.
Em 12 meses, a expectativa mediana é que a inflação acelere de 3,99% para 4,67%. Nesse caso, as previsões variam de 4,62% a 4,79%.
A leitura de agosto deve começar a refletir o último aumento no preço dos combustíveis, observa o UBS BB em relatório.
A expectativa da equipe é que a gasolina apresente alta de 1,5% no comparativo mensal. “No entanto, a maior parte do impacto poderá não ser sentida até ao número de setembro”, afirmam.
Os alimentos, por outro lado, devem oferecer contribuição baixista ao IPCA, principalmente por causa dos “in natura”, que podem recuar 3,2% em agosto, segundo o UBS.
Ainda que o IPCA suba em 12 meses, “esperamos que a maior parte dos seus componentes melhore”, diz o Santander em relatório.
A medida de núcleo (que tenta suavizar efeito de itens mais voláteis) EX3, um dos principais indicadores dos preços mais cíclicos e sensíveis à política monetária, por exemplo, deve desacelerar 4,6% em julho para 3,9% em agosto, na média móvel de três meses, “o menor nível desde setembro de 2020”, observa o Santander.
“Essa leitura da inflação provavelmente trará mais sinais positivos do que negativos quanto ao processo de desinflação, uma vez que esperamos que os serviços e as medidas de núcleo desacelerem novamente e a alimentação no domicílio apresente uma deflação acentuada”, afirmam.
Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico.
