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Do melhor ao pior: confira quais são os investimentos mais rentáveis de maio | Bolsas e índices


DAS AÇÕES, CONFIRA
As 10 ações do Ibovespa que mais se valorizaram em maio
As 10 ações do Ibovespa que mais caíram em maio

Agora, ganhos da ordem de dois dígitos mesmo, só o ativo “campeão” deste mês garantiu: bitcoin (BTC) na carteira foi sinônimo de 14,37% de rentabilidade em maio.

Assim como os índices americanos, a maior criptomoeda do mundo veio para a virada. Depois de seu valor desabar 14% em abril, maior recuo percentual para o bitcoin num mês desde novembro de 2022, o ativo está rondando os US$ 67,5 mil na noite da sessão derradeira de maio.

Só que a glória do bitcoin não foi livre de percalços. O mês ficou marcado pela forte volatilidade: entre a mínima de US$ 56,6 mil, no início do mês, à máxima de US$ 71,8 mil, o valor da criptomoeda oscilou 27%.

Pelo menos o risco do bitcoin tem se pagado mais vezes sim do que não. Do fim de janeiro até o começo de março, a criptomoeda veio numa ascendente e renovou máximas, embalada pela aprovação dos seus ETFs (fundos de índices) no mercado americano.

Patina no patamar dos US$ 60 mil desde então, com resistência nos US$ 70 mil, mas parece ter encontrado novo impulso agora neste fim de mês.

O mesmo não pode ser dito dos ativos da renda variável local, na lanterna do ranking deste mês.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira, fechou maio com perda de 3%. Só não performou pior que o Ishares MSCI Brazil ETF (EWZ), principal fundo de índice (ETF) do mercado brasileiro em Nova York, que acompanha uma cesta composta pela ações das 49 maiores empresas na B3. Negociada em dólar, a cota do EWZ desvalorizou 5,88% no mês.

Dos índices locais, ficaram atrás do Ibovespa:

  • o Índice Small Cap (SMLLB3), indicador do desempenho médio das cotações de papéis das empresas de menor capitalização na bolsa, que caiu 3,38%;
  • o Índice Brasil 50 (IBrX50B3), que mede o desempenho das 50 ações mais negociadas na B3 e recuou 3,11% no último período;
  • o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISEB3), que acompanha uma carteira de ações das empresas que atendem critérios de sustentabilidade, com perda de 3,61; e
  • o índice de ações Valor-Coppead Performance (BrIAIP20), que cedeu 3,69% em maio.

Como o bitcoin virou o jogo?

No cenário macroeconômico, o gatilho positivo para o mercado de criptoativos foi a confirmação de um cenário mais benigno para inflação nos Estados Unidos. A alta de preços mais controlada comporta projeções mais otimistas para os cortes dos juros americanos, o que estimula globalmente a tomada de risco (leia-se: migração de recursos para a renda variável).

O apetite institucional pelos ETFs com exposição direta a bitcoin – que tiveram negociação aprovada nos EUA só em janeiro – havia diminuído em abril, mas voltou a puxar o preço do ativo em maio. O fluxo investidor para esses fundos está injetando capital novo no mercado de criptoativos, liderado pelo bitcoin.

Só que o empuxo veio de outra criptomoeda: ethereum, segunda maior em valor de mercado do mundo e token nativo da rede blockchain mais usado no planeta, que valorizou cerca de 25% este mês.

Isso porque, em 23 de maio, a Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) aprovou a listagem de ETFs com exposição direta à ethereum.

Um fluxo adjacente da euforia provocada pela novidade acaba “respingando” no bitcoin. Esses fundos de índices com exposição direta às duas maiores criptomoedas do mundo vêm funcionando como uma “draga” do capital de risco de investidores institucionais – os que detêm mais recursos.

Para junho, a tendência altista no valor do bitcoin pode se manter, ainda embalada pelas novidades do mercado. Sempre com a volatilidade característica dos criptoativos – e risco de inversão do cenário, é claro.

E as bolsas de Nova York?

Os índices de NY subiram em magnitudes diferentes. Nasdaq e S&P500 entregaram retornos em dólar de 6,88% e 4,8%, nesta ordem. Já o Dow Jones fechou maio 2,3% acima do patamar em que encerrou abril. E a razão para os dois primeiros terem subido mais é bastante óbvia: as empresas de tecnologia carregaram as performances deste mês.

Por isso, o Dow Jones, cuja carteira é mais exposta a empresas de telecomunicações e bens de consumo, não acompanhou seus pares.

Apenas a ação da Nvidia, que não está na carteira do Dow Jones, enquanto representa 7,7% da carteira do Nasdaq e 6,4% do S&P500, acumulou alta de 23,5% no mês.

No cenário para os juros americanos, maio começou com reunião do comitê de mercado aberto do banco central dos EUA (o Fed), mas não trouxe grandes novidades.

Sem surpresas com a inflação ou reviravoltas nas projeções, como aconteceu nos meses anteriores, o último período ficou marcado pelo tom de “preparação do terreno” para os próximos passos da política monetária.

No entanto, que fruto será colhido das reuniões do Fed nos próximos meses é que são elas.

pódio ranking investimentos porquinho moedas — Foto: Getty Images
pódio ranking investimentos porquinho moedas — Foto: Getty Images



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