Londrina teve o maior crescimento de franquias entre as cidades brasileiras no 1º semestre de 2023, diz ABF | Franquias

Dentro da base analisada, as não-capitais foram as que mais cresceram proporcionalmente (9%). As capitais ainda representam um crescimento absoluto mais significativo, sobretudo São Paulo, mas cresceram menos proporcionalmente (5%). A entidade atribui esse resultado a dois principais fatores: o crescimento do agronegócio e a retomada do turismo.

Londrina registrou a maior alta (15,7%), passando de 971 unidades de franquia no primeiro semestre do ano passado para 1.124 neste levantamento. No ano passado, a rede ocupava a 26ª posição no mesmo ranking e Manaus liderava. As duas cidades trocaram de lugar na lista. Veja a tabela completa abaixo:

Tom Moreira Leite, presidente da ABF, explica que as altas observadas no ano passado (Manaus registrou um avanço de 35,1%) eram reflexo de um crescimento sobre uma base fraca, uma vez que as redes ainda sofriam os impactos da pandemia no começo de 2021. Já sobre a rotatividade do ranking, ele pontua que observou uma influência significativa da expansão de redes regionais.

“Algumas marcas nascem e se fortalecem em determinados municípios”, diz, comentando sobre o desempenho de Londrina. “Existe, sem dúvida, o impacto de marcas baseadas nos municípios do Paraná. O Sul, de maneira geral, tem sido um celeiro de novas redes, com um crescimento interessante”, diz.

A entidade explica que Londrina se destaca pelo papel econômico que desempenha no estado: a cidade tem mais de 500 mil habitantes, com força no agronegócio e setor industrial. O Paraná, como um todo, teve o sexto maior faturamento do setor de franquias no primeiro semestre, alcançando R$ 7,3 bilhões, 18% acima do mesmo período do ano passado.

Adriana Auriemo, vice-presidente da associação, destacou que o avanço da tecnologia nas relações de franquia, da seleção ao suporte, fomentou o franchising em cidades do interior. “Contribuiu para o desenvolvimento de todo o sistema, incluindo a parte de abastecimento e de fornecedores. Esse crescimento de fornecedores aptos a atender praças menores é essencial”, diz.

A entidade fez um recorte sobre os modelos de negócios que mais cresceram nas 30 cidades pesquisadas e os segmentos com maior ritmo de aceleração. Os números são proporcionais. Ou seja, as unidades tradicionais ainda representam um universo maior em números absolutos. Confira:

• Unidades móveis (bikes, food trucks, negócios para eventos, entre outros) – 15%
• Lojas tradicionais – 8%
• Quiosques – 7%
• Home based – 3%

Alguns exemplos das marcas que se destacaram para o crescimento das unidades móveis, segundo a ABF, foram Coxinha no Pote, Dry Wash, Isocred, Pizza Crek, Puro Açaí e TFlow.

Confira as áreas que puxaram o crescimento de unidades no país segundo a ABF:

• Entretenimento e Lazer – 32%
• Casa e Construção – 14%
• Alimentação – 13%
• Saúde, Beleza e Bem-Estar – 13%
• Limpeza e Conservação – 8%

Algumas das marcas mencionadas como exemplo pela entidade foram Criamigos, Studio Games, Planeta Imaginário, Escape60, Casa Lúdica, Rally Kids, Voilà Realizações. “Uma das razões para o avanço do segmento de Entretenimento e Lazer é a tendência de shopping centers, que impulsiona o varejo para entretenimento. A indústria vem revisando seu mix e portfólio de marcas e ofertas para o cliente final”, diz Leite.

Atualmente, são 189 mil unidades franqueadas em operação em 62% dos municípios brasileiros. O presidente da ABF reforçou que a entidade espera uma evolução entre 9,5% e 12% no faturamento do setor neste ano. “Dado o primeiro semestre positivo, acredito que poderemos alcançar o limite superior dessa faixa. Projetamos R$ 236,7 bilhões para a indústria de franquias no Brasil”, afirma.