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Juros futuros disparam sob sinais de Selic mais alta ao longo do tempo | Moedas e Juros


O mercado de juros futuros nacional opera em alta firme nesta quinta-feira (9), desde a ponta mais curta até a mais alongada, refletindo a reunião de política monetária do Banco Central na noite de ontem. Em uma das decisões mais acirradas da história do Brasil, o BC reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto, para 10,50% ao ano.

Perto de 11h, os juros futuros com vencimento em janeiro de 2025 avançavam para 10,30%, de 10,21% do fechamento anterior. Já as taxas com prazo para janeiro de 2026 saltavam de 10,45% para 10,58%. Os juros futuros para o mesmo mês de 2027, por sua vez, subiam para 10,99%, de 10,78% na véspera.

Na ponta mais longa, os contratos futuros para 2029 saíam de 11,27% para 11,54%, enquanto os juros futuros com vencimento em janeiro de 2030 avançavam para 11,69%, de 11,41% no dia anterior.

Mas por que essa reação?

Especialistas e investidores colocaram o pé no freio após a decisão ter sido bastante dividida entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom). Dos nove membros do colegiado, cinco votaram a favor de um corte de apenas 0,25 ponto, enquanto os outros quatro optaram por uma redução um pouco maior, de 0,50 ponto.

Mas até mais que os ruídos gerados pela decisão apertada, um detalhe acaba “fazendo preço”. O BC deixou de sinalizar mais cortes prováveis em próximas reuniões. E, assim, na prática, aumentou a chance de a Selic parar de cair ainda na altura dos dois dígitos. Talvez nem caia mais.

Além de a votação entre um corte de 0,50 ponto ou de 0,25 ponto ter sido apertada, passou a prevalecer a perspectiva de que os juros vão permanecer altos por mais tempo do que o esperado. Isso porque, diferentemente dos comunicados anteriores, a autoridade monetária não deixou pistas sobre os próximos passos.

“O Comitê também reforça, com especial ênfase, que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, destaca o texto. Ou seja, o futuro da taxa Selic está em aberto. Se o corte anunciado ontem foi o último, só o tempo dirá.

 — Foto: Getty Images
— Foto: Getty Images



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