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Com inflação mais previsível, dirigente do BC dos EUA vê corte de juro no meio do ano | Investimento no Exterior


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Ainda assim, Bostic afirmou que seria apropriado cortar os juros em torno do verão do Hemisfério Note, no meio do ano. O Fed tem reuniões de política monetária em junho e julho.

Segundo ele, que é um dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) com direito a voto nas reuniões deste ano, embora a inflação caia mais rápido que o esperado, os últimos dados revelam que o Fed tem que permanecer vigilante e atento.

“No longo prazo, a inflação ainda está caindo”, afirmou, contudo. Porém, Bostic afirmou que a inflação não está na meta e é prematuro declarar vitória. Segundo ele, os dados econômicos serão o guia para o Fed definir o momento dos cortes de juros. “A economia está no caminho certo, mas levará tempo para ela se normalizar”, disse.

Por outro lado, para o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, seria um erro extrapolar a avaliação sobre a aceleração da inflação dos Estados Unidos em janeiro e esperar algo similar nos próximos meses.

“Mesmo com os dados de índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de janeiro mostrando um mês de aceleração, devemos ter cuidado”, disse o banqueiro central.

Para Goolsbee, a inflação ainda tem espaço para desacelerar mesmo depois do movimento forte desde o seu pico de 9,1% em taxa anual em meados de 2022. De acordo com ele, a melhora das cadeias de oferta ainda deve impactar a inflação e ajudar o Fed a chegar à meta de 2%.

Neste sentido, sua avaliação corrobora a defesa de Bostic de uma trajetória acidentada e ainda dependente da evolução deste cenário nos próximos meses.

Goolsbee, que não é membro votante nas reuniões do Fomc este ano, ainda ressaltou que o forte aumento salarial não impediu que os preços desacelerassem no ano passado, portanto não faria sentido esperar uma inflação persistente por conta deste fator. “Os salários são mais resistentes que os preços”, ressaltou Goolsbee, argumentando que a alta salarial só deve desacelerar depois da inflação geral.

Além disso, o forte aumento da produtividade da economia americana pode ter implicações para a política monetária no futuro, caso ela se mantenha em níveis similares aos dos últimos anos. De acordo com Goolsbee, o aumento da produtividade permite que a economia siga forte sem uma taxa de inflação superior à meta do banco central.

Com informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico.

Oportunidade — Foto: Getty Images
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