Câmbio

Haddad minimiza efeito de risco fiscal na escalada do dólar | Moedas e Juros


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (16) em Washington que notícias externas ao Brasil explicam “dois terços” do que está ocorrendo no cenário interno.

A alta do dólar ontem e hoje coincide com a nova meta fiscal do governo, que agora prevê resultado zero em 2025, ante previsão de superávit de 0,5% do PIB.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva da pasta — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva da pasta — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

“Hoje, de acordo com último dado que eu recebi, nos últimos minutos, o México está sofrendo mais que o Brasil, o peso mexicano está sofrendo mais que o real brasileiro em virtude do fato que estão reprecificando tudo, a Indonésia também”, afirmou Haddad.

De acordo com o ministro, entre os fatores que afetam a cotação do dólar, estão dados que indicam atividade econômica aquecida no Brasil, dados de inflação americana “que ainda não foi totalmente digerida” e a escalada do conflito no Oriente Médio, com impacto na cotação do petróleo.

Para Haddad, a alta do dólar no Brasil também decorre, em parte de uma turbulência causada pela nova divulgação para a meta fiscal.

“É preciso explicar melhor ao longo do tempo o que vai acontecer com as contas públicas brasileiras”, disse Haddad.

O ministro afirmou que a nova meta é realista e embute um aprendizado do governo nos últimos meses. Mas ele afirma que a nova meta está em linha com a meta de longo prazo de estabilizar a dívida pública. Haddad também minimizou as fortes oscilações do mercado financeiro nesta semana.

“Está tendo turbulência nesta semana, e não é a primeira pela qual o Brasil passa. No governo anterior, o dólar bateu R$ 6”, disse.

Haddad chegou nesta terça-feira em Washington para participar das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial. Hoje, o ministro participa de evento sobre Finanças Sustentáveis no Brazil Institute do Wilson Center e um debate com Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sobre investimentos no Brasil e na América Latina na U.S. Chamber of Commerce, quando deverá dar uma entrevista à imprensa.

Conteúdo publicado no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.



Valorinveste

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo