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Governo adia ‘Enem dos concursos’ por tragédia no RS, mas não define nova data


O governo federal decidiu adiar a realização do Concurso Nacional Unificado, que aconteceria no próximo domingo (5), em virtude das chuvas no Rio Grande do Sul, mas não definiu uma nova data para a seleção. A informação foi dada pela ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, em coletiva à imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (3).

As chuvas no Rio Grande do Sul já causaram a morte de 37 pessoas, além de alagarem diversas cidades do estado. Nesta sexta (3), os temporais chegaram ao estado de Santa Catarina, onde já causaram a morte de uma pessoa. Diversas vias e estradas nos dois estados estão intransitáveis, impedindo a locomoção das pessoas.

“Construímos um acordo para preservar todos os candidatos e a concepção democrática do concurso desde o início (…). É claro que para quem está envolvido em uma tragédia, não há dúvidas quanto a isso, mas queremos reforçar que a solução mais segura para todos os candidatos no Brasil inteiro é o adiamento da prova”, afirmou a ministra, que enfatiza que a solução encontrada é a única que garantirá que todos participem de um concurso “com um resultado com respaldo jurídico”.

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Nesta quinta (3), o Ministério da Gestão e Inovação chegou a informar que a prova estava mantida para o próximo domingo, inclusive no Rio Grande do Sul, onde o concurso teria “medidas especiais”.

Segundo Decker, o ministério tinha esperanças de manter a prova no domingo, viabilizando a participação de candidatos do Rio Grande do Sul com o uso das forças federais. Contudo, o agravamento das condições climáticas “a cada hora” inviabilizou completamente a realização das avaliações.

O cenário de milhares de desabrigados, bloqueios em rodovias e cancelamento de viagens de ônibus embasou a decisão do Ministério da Gestão e da Inovação, que calcula 100 mil pessoas impactadas, entre inscritos e profissionais que participariam da aplicação das provas, no estado do Rio Grande do Sul.

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Os ministros das pastas que têm vagas a serem preenchidas pelo concurso estão cientes do impacto do adiamento do exame, que é “é muito pequeno diante da segurança do processo e das pessoas que vão fazer a prova”, segundo a Decker.

Sobre o preenchimento das vagas, quando os selecionados efetivamente passam a ocupar seus postos, a ministra afirmou não ser possível estimar o prazo do adiamento, falou em uma estimativa que “pode ser de um mês, dois meses”.

Concurso inédito

Conhecido como “Enem dos Concursos”, o Concurso Nacional Unificado centraliza em uma única prova os concursos para seleção de servidores em diferentes órgãos do governo federal, algo inédito. Os candidatos vão concorrer a 6.640 vagas em 21 órgãos públicos, pagando apenas uma taxa de inscrição.



Infomoney

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