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Franquia de pipoca gourmet lança formato de bicicleta que pode ser aberto por MEI | Franquias

Custos operacionais baixos e de ocupação quase nulos: essa é a proposta do Pop Pocket food bike itinerante, novo modelo de negócio da rede de franquias PopCorn Gourmet, fundada em 2015 pela empreendedora Elaine Moura. O objetivo é que o franqueado venda as pipocas gourmet da marca em uma bicicleta, sem custos de aluguel. “Recebemos muitos empreendedores que não têm o dinheiro para abrir a franquia padrão em shopping ou que moram em cidades charmosas, com potencial, mas sem shopping center”, diz Moura, em entrevista a PEGN.

Atualmente, a PopCorn Gourmet tem 52 unidades e projeta encerrar 2023 com um faturamento de R$ 20 milhões, 25% a mais do que o ano passado. De acordo com Moura, o novo formato deve atrair um perfil diferente de franqueado, mas ainda proporcionar uma experiência visual lúdica e padronizada. A unidade piloto funcionou durante um ano sob gestão própria.

“Eu queria fugir de ser como um negócio ambulante comum. Fomos atrás de equipamentos sintéticos, em vez de madeira, para proteger a loja em ambientes abertos, com painel e luzinhas de led. Buscamos trazer algo lúdico, como um cesto de flores no chão e lâmpadas retrô, por exemplo. Conseguimos reproduzir a experiência que temos no shopping, mas para ambientes alternativos”, conta.

Unidade Pop Pocket da PopCorn Gourmet — Foto: Divulgação

A empreendedora afirma que é possível abrir a franquia como Microempreendedor Individual (MEI), mas a ideia é que, com o tempo e o aumento no faturamento, o franqueado migre para o Simples Nacional. “No quiosque vendemos de 10 a 15 sabores, e no Pop pocket vendemos de 10 a 12. Eu peguei os melhores itens, coloquei para vender na bike e conseguimos resultados atrativos”, afirma. A rede trabalha com sabores homologados da Nestlé, como Alpino e Ninho Trufado. Hoje, o tíquete médio da rede é em torno de R$ 25 para as lojas de rua e chega a R$ 32 para shopping centers.

Atualmente, as franquias pocket já estão instaladas em pontos como supermercados, parques públicos, um mercado municipal e até em centros médicos. Moura conta que está de olho também em aeroportos e prédios comerciais. A ideia é que o franqueado desse tipo de negócio seja um operador, que fique à frente da loja.

No planejamento de Moura há mais 25 franquias – nos formatos quiosque e pocket – para serem abertas ainda em 2023, fechando o ano com 80 operações. “Isso em um cenário conservador”, diz a empreendedora.

Para ser um franqueado do formato Pop Pocket food bike itinerante, é preciso desembolsar R$ 45 mil, mais R$ 5 mil de capital de giro. O prazo do contrato é de cinco anos, e o tempo previsto para o retorno do investimento é de até 18 meses. Para efeito de comparação, o quiosque tradicional da marca demanda um aporte de R$ 70 mil, mais R$ 15 mil de capital de giro.

Rede lançará projeto para apoiar empreendedoras negras

O próximo projeto de Moura é aumentar a diversidade e inclusão dentro da rede de franquias, e o formato pocket será a ferramenta para ajudá-la a viabilizar isso. De acordo com ela, a ideia é minimizar um dos maiores desafios dos negócios, que é justamente o custo de ocupação.

“Hoje, cerca de 80% das nossas franqueadas são mulheres e queremos colorir um pouco esse universo, trazendo empreendedoras pretas, preferencialmente mãe solo, para dentro da rede. Vamos facilitar para essa mulher empreender. Estamos buscando espaços com custo zero. Uma incorporadora já topou e estamos buscando outras parcerias. Vamos primeiro pilotar esse início e depois vamos falar em cima de números.”

A primeira loja, em formato piloto, será aberta em setembro, na região do Morumbi, em São Paulo. A empreendedora explica que a localização foi escolhida por oferecer uma demanda importante de delivery (o canal chega a corresponder a 30% do faturamento de algumas lojas), com um tíquete médio relevante, e que a franqueada terá todo o apoio da marca para ajudar a validar a proposta.

“É uma questão de propósito. Tive uma infância na periferia, estudei a maior parte do tempo em escola pública e então eu sei que o meu esforço teve que ser descomunal para chegar aonde eu cheguei. O programa que a gente traz tem uma jornada mais suave para essa mulher, com mentorias para ajudá-la nesse caminho. Ela não precisa ter esse esforço absurdo para empreender”, diz.

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PEGN

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