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Escola do Mecânico aposta em franquias mais baratas para crescer, de olho em oficinas de cidades pequenas | Franquias


Pequenas oficinas mecânicas são o novo alvo de expansão da Escola do Mecânico, rede de franquias fundada pela empreendedora Sandra Nalli, 43 anos, com o objetivo de formar mão de obra para o setor. A rede, que prevê faturar R$ 50 milhões neste ano, acredita que o novo modelo de negócio possa trazer um faturamento incremental de 23% em 2024, atingindo R$ 70 milhões.

O objetivo é levar o modelo de microfranquia para cidades de até 300 mil habitantes, em oficinas que atendam aos critérios de expansão da marca – é preciso ter um espaço para ministrar aulas, além de outros quesitos técnicos. Hoje, a Escola do Mecânico tem 37 unidades em operação, sendo quatro no modelo compacto (Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Pernambuco). Até o final do ano, a ideia é lançar mais quatro unidades compactas. Para o ano que vem, a empreendedora espera duplicar a rede e chegar a 80 unidades.

“É um negócio de impacto social e acreditamos muito na geração de emprego e renda pela formação de mão de obra”, diz a empreendedora em entrevista a PEGN. A opção pela microfranquia foi para ajudar a escalar a empresa, sem perder a característica de negócio social. “Nós selecionamos algumas oficinas que já têm o padrão de qualidade e acreditam na educação, além de serem municípios em que não termos unidades da Escola do Mecânico”, diz.

De acordo com ela, a estimativa é que a adesão à microfranquia traga um faturamento mensal de R$ 50 mil para os donos de oficinas mecânicas. “É para o Brasil todo, mas nosso desejo é ter um olhar mais apurado para o Norte e Nordeste do país, onde tem mais deficiência da mão de obra”, afirma.

A nova franquia demanda um aporte de cerca de R$ 90 mil, sendo R$ 39,9 mil de taxa de franquia e o restante para a adaptação do imóvel. Para efeito de comparação, a franquia completa demanda um aporte de até R$ 500 mil, com taxa de franquia de R$ 69,9 mil.

Nalli diz que a rede formou mais de 50 mil pessoas desde a sua fundação em 2011. Só no ano passado foram 15 mil, e a expectativa é que em 2023 sejam 20 mil pessoas. Em 2018, a empresa lançou um aplicativo para ajudar a inserir os alunos no mercado de trabalho. Desde então, foram mais de 5 mil vagas disponibilizadas. “Do que conseguimos mensurar, 20% dos alunos são empregados com a ajuda do aplicativo. Muitos conseguem empregos em oficinas de bairro, que não anunciam com a gente [e não são mapeados]”, diz.

Em 2021, a Escola do Mecânico recebeu investimento da Yunus Corporate, conhecido como o banco dos pobres e dos negócios sociais, que aportou R$ 1 milhão. O valor foi empregado em marketing, canais de aquisição, pessoas, novos cursos e tecnologia, com o objetivo de aumentar a capacidade de impacto.



PEGN

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