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Escalada de conflito entre Irã e Israel e pistas sobre o futuro dos juros marcam a sexta-feira | Bolsas e índices


A sexta-feira (19) começa com notícias vindas do Oriente Médio. Nesta madrugada, houve relatos de explosão na cidade de Isfahan, ao sul de Teerã, que causaram reações imediatas nos mercados asiáticos mesmo sem uma confirmação oficial nem de Israel nem do Irã. Agora, os investidores aguardam para ver qual será a reação de Israel. Os conflitos, claro, podem causar efeitos no petróleo, que chegou a subir 4%. O dia é de agenda mais vazia nos indicadores, portanto, as notícias do conflito devem guiar o pregão ao longo desta sexta-feira. O ponto alto fica por conta do discurso de mais um “Fed boy” (nome dado aos dirigentes do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos).

Para quem não se lembra, no último final de semana, Irã fez um ataque por meio de drones a Israel. A ação levou o presidente norte-americano, Joe Biden, antecipar a volta de uma viagem para discutir o assunto com a equipe de segurança nacional.

O conflito, claro, teve consequências no mercado. A começar pela queda das criptomoedas. Por ser considerado um ativo mais arriscado, os investidores tendem a se desfazer delas em um cenário de crise que pode afetar o mercado financeiro. Por outro lado, ativos considerados mais seguros, como ouro, títulos dos Estados Unidos e até mesmo o dólar passam a ganhar mais apelo. Não à toa, ao longo da semana o dólar voltou a bater recordes.

Com uma nova escalada do conflito, o real pode voltar a se depreciar diante do dólar. Por outro lado, o preço do petróleo pode ganhar ainda mais força, o que deve se refletir positivamente nas ações de empresas como a Petrobras e até mesmo as chamadas “juniores”, como Prio, 3R e PetroReconcavo. Essa eventual alta pode ajudar a sustentar o Ibovespa.

Além do conflito, hoje o mercado também fica de olho no discurso de mais um “Fed boy”. Às 11h30 de Brasília, Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, discursa em evento.

Ao longo da última quinta-feira (18), três dirigentes da autoridade monetária americana discursaram e, nessas falas, deram a entender que o corte de juros por lá pode vir no fim do ano ou só em 2025.

Por fim, o dia também tem reuniões do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, no seminário promovido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington.

Irã e EUA Estados Unidos Oriente Médio  — Foto: Getty Images
Irã e EUA Estados Unidos Oriente Médio — Foto: Getty Images



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