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Dívida Pública Federal alcança em agosto maior patamar da série histórica | Mercados


A Dívida Pública Federal (DPF) alcançou em agosto o maior patamar da série histórica, atingindo R$ 6,265 trilhões, afirmou nesta quarta-feira (27) o coordenador de gestão das operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Roberto Lobarinhas. Além disso, a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) superou pela primeira vez a marca dos R$ 6 trilhões, alcançando R$ 6,027 trilhões.

As afirmações foram feitas em entrevista coletiva para comentar o Relatório Mensal da Dívida (RMD) de agosto, divulgado mais cedo pelo Ministério da Fazenda.

Lobarinhas também disse que o crescimento da dívida que vence nos próximos 12 meses pode ser explicada “não por causa das emissões realizadas em agosto, e sim pelo deslocamento da janela de observação, incluindo agosto de 2024, com maturação de R$ 245 bilhões”.

Ele também disse que as novas emissões “devem reduzir e não aumentar custo do estoque” da DPMFi.

O coordenador afirmou que, “apesar do ambiente de aversão ao risco e mesmo do volume reduzido de vencimentos” em agosto, o Tesouro Nacional “fez um bom volume” de emissões, com destaque para os títulos prefixados. Do lado dos resgates, os destaques da dívida interna foram as NTN-Bs.

Outro ponto para o qual ele chamou atenção foi o crescimento da participação de fundos de investimentos na dívida pública em agosto.

No material que acompanha o RMD, o Tesouro afirmou ainda que “setembro mais uma vez foi marcado por uma crescente aversão ao risco, com bolsas em queda e títulos americanos alcançando os níveis mais elevados desde 2006, impulsionados por preocupações relacionadas à inflação”.

“No mercado local, a parte curta da curva cedeu, enquanto a parte longa acabou refletindo o forte aumento nas taxas das treasuries americanas”, disse.

Volume de prefixados e pós-fixados do total da DPF

A participação dos papéis pós-fixados na Dívida Pública Federal (DPF) variou de 41,2% em julho para 41,39% em agosto. Pelos limites do Plano Anual de Financiamento (PAF), essa participação deve variar entre 38% e 42% em 2023.

Já os títulos prefixados representaram 25% da DPF (contra 24,65% da DPF em julho). Os papéis ligados a índices de preços representaram 29,61% do total (30,21%). Já aqueles ligados a câmbio ficaram em 4% (3,93%).

Pelos parâmetros do PAF, a participação dos papéis prefixados deve ficar entre 23% e 27% da DPF em 2023. Já os atrelados a índice de preços devem variar de 29% a 33% e os papéis ligados ao câmbio devem ficar entre 3% e 7%.

Colchão de liquidez da dívida

O colchão de liquidez da dívida pública terminou agosto em R$ 1,024 trilhão, contra R$ 991,85 bilhões em julho. O colchão é suficiente para cobrir 7,92 meses de vencimentos de títulos à frente. Em julho, o colchão era suficiente para cobrir 8,28 meses de vencimentos à frente.

Participação na dívida interna

A participação de investidores não residentes na dívida mobiliária federal interna (DPMFi) variou de 9,22% em julho para 9,25% em agosto. Em valores absolutos, a fatia saiu de R$ 545,39 bilhões para R$ 557,82 bilhões.

Os fundos de investimento ficaram com participação de 24,9% (24,1% em julho). As instituições de previdência fecharam em 22,63% (23,12%). As instituições financeiras encerraram o mês respondendo por 28,96% (29,21%). O governo respondeu por 3,87% (3,84%). Já as seguradoras ficaram com 3,93% (4,06%).

Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.

 — Foto: GettyImages
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