O dólar iniciou mais uma sessão em queda frente ao real diante do alívio estendido da pressão da curva de juros dos Estados Unidos. Com isso, hoje a moeda americana perde força globalmente, mas em especial frente a divisas de mercados emergentes. Perto das 10h20, o dólar era negociado em queda de 0,15%, a R$ 5,049.
Ainda que a pressão seja menor, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano seguem no radar, em dia de ata do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), além de participação dos integrantes da autoridade monetária em eventos.
As moedas mais penalizadas frente ao dólar, das 33 mais líquidas acompanhadas pelo <strong>Valor</strong>, são as ligadas aos preços do petróleo. Hoje os contratos futuros da commodity voltam a cair levemente, tirando da frente algum temor com os preços dos combustíveis e a guerra.
Na ponta dos ganhos, mais uma vez, as divisas de mercados emergentes se beneficiam da queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA. A queda dos juros americanos é que deve dar o sinal se esse movimento observado nas moedas deve ou não se estender e para isso os investidores ficarão atentos a comentários de integrantes do Fed.
Agora pela manhã, a conselheira Michelle Bowman adotou um tom diferente do que vinha sendo observado nos últimos dias por seus pares, e afirmou que a economia resiliente nos EUA indica que os juros precisam subir mais e ficar restritivos por mais tempo.
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos de setembro veio, na relação mensal, mais forte do que o esperado pelo mercado, chegando a pesar sobre as moedas de alguma forma, mas depois de alguns minutos, o movimento se desfez.
Hoje, atenção também se mantém no leilão de títulos de dez anos hoje nos Estados Unidos, já que os investidores avaliam com cautela a demanda pelos papéis, diante da preocupação com mais movimentos técnicos que pressionem a curva de juros. Ainda nesta quarta, destaque para a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed.
(Nota em atualização até o fechamento)
Com informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
