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Dólar sobe para R$ 5,25 com dados e falas de dirigentes do BC dos EUA | Moedas e Juros


O dólar encerrou a sessão em leve alta, em uma sessão marcada pelo tom conservador de falas de integrantes do BC dos EUA, o Federal Reserve (Fed), além de mais dados fortes nos Estados Unidos. Terminadas as negociações, o dólar encerrou em alta de 0,12%, cotado a R$ 5,2497, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,2278 e encostado na máxima de R$ 5,2778.

O dia foi marcado por falas dos “Fed boys”, os dirigentes do Fed. O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed), de Nova York, John Williams, disse hoje que, embora não seja seu cenário-base, o BC dos EUA poderá voltar a elevar os juros caso seja necessário. O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, também disse hoje que o BC americano será capaz de reduzir os juros dos EUA apenas no fim do ano.

Pela manhã dados da economia americana mais uma vez mostraram resiliência da atividade no país. O índice de atividade industrial do Fed Filadélfia surpreendeu ao subir para 15,5 pontos em abril, enquanto a projeção que fosse para 2,5 pontos.

Mais cedo, o Departamento do Trabalho dos EUA apontou que os novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos somaram 212 mil na semana encerrada no dia 13 de abril, estáveis em relação aos números revisados da semana anterior. O número divulgado na semana anterior foi revisado para cima, indo de 211 mil para 212 mil novos pedidos.

O número veio abaixo do esperado por analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de 215 mil. Para Nancy Vanden Houten, economista-chefe dos EUA da Oxford Economics, os pedidos permanecem bem abaixo dos níveis que sinalizariam uma desaceleração significativa no crescimento do emprego.

“Um mercado de trabalho forte dá ao Federal Reserve espaço para adiar cortes nas taxas até que a inflação retorne a um caminho sustentável em direção a 2%. Por isso, vamos adiar nossa previsão do primeiro corte de taxa para setembro. Também reduziremos de três para dois o número de cortes de taxa em nossa previsão para 2024”.

A perspectiva de que o Banco Central pode ser ainda mais cauteloso em seu corte de juros estaria ajudando a blindar o real no curto prazo. Diante desse cenário, o dólar passou a ganhar força globalmente, mas em especial nos mercados emergentes.

Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

Investimentos em dólar: Fundos Money Market são alternativa à reserva de emergência — Foto: Getty Images
Investimentos em dólar: Fundos Money Market são alternativa à reserva de emergência — Foto: Getty Images



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