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Dia tem ‘novela’ da Petrobras, serviços no Brasil e expectativa de inflação nos EUA | Bolsas e índices


A semana se encerra com mais dados no Brasil e nos Estados Unidos capazes de mexer com o mercado. Por aqui, às 9h há a divulgação do volume de serviços de fevereiro, que podem corroborar o que foi mostrado ontem com o varejo: Que a economia segue forte. Lá fora, às 11h os EUA divulgam as expectativas de inflação, que ganham ainda mais importância em uma semana que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) levantou um alerta ao vir mais forte do que o esperado. Por fim, o mercado também fica de olho no noticiário corporativo, especialmente após a Justiça suspender o presidente do conselho de administração da Petrobras ontem (11).

Na noite da última quinta-feira (10), a Justiça de São Paulo determinou a suspensão de Pietro Mendes da presidência do conselho da Petrobras. Segundo o juiz Paulo Cezar Neves Junior, a permanência dele no cargo de secretário do Ministério de Minas e Energia (MME) afronta o estatuto social da companhia “com potencial ocorrência de amplo conflito de interesses”. A companhia, no entanto, prometeu recorrer da decisão, segundo informações do Valor Econômico.

A notícia é mais um capítulo da “novela” que a estatal está envolvida nos últimos tempos. Para quem não se lembra, tudo começou no meio de março, com a Petrobras anunciando que não pagaria mais dividendos extraordinários, o que fez com que as ações da companhia despencassem e, claro, levassem o Ibovespa com elas. Depois disso, muitas notícias já circularam, incluindo rumores de que a empresa voltaria a pagar os tais dividendos até burburinhos sobre as motivações para que eles deixassem de ser pagos a pedido do governo.

Na última semana, a novela ganhou mais um capítulo após circularem informações de uma possível indicação do presidente Lula para que Aloizio Mercadante, hoje no comando do BNDES, assumisse a presidência da estatal no lugar de Jena Paul Prates. Como era de se esperar, a notícia não foi bem recebida pelo mercado, que teme uma interferência política além do necessário dentro da empresa.

Agora, portanto, os investidores devem seguir acompanhando o novo “capítulo” envolvendo a gestão da empresa, que deve trazer turbulência para o pregão de hoje.

O que também fica no radar nesta sexta-feira (12) são os dados de serviços no Brasil. Ontem, o varejo surpreendeu positivamente e veio bem acima do esperado, o que mostra a força da economia brasileira neste momento.

Assim como aconteceu com o varejo, as expectativas para o volume de serviços prestados não é alta. Segundo a mediana das estimativas de 25 instituições ouvidas pelo Valor Data, é esperado um crescimento de 0,2% em fevereiro ante janeiro. As projeções vão de uma queda de 1,2% até um avanço de 0,8%.

Caso venham acima do esperado, a tese de que a economia brasileira está pujante ganha mais força, o que pode se refletir na trajetória de queda da Selic. Afinal, com uma atividade forte, o Banco Central pode temer mais pressões inflacionárias e diminuir o ritmo de corte dos juros.

Por fim, falando em temores em relação à inflação, hoje, nos Estados Unidos, serão divulgados às 11h dados como as expectativas de inflação e a confiança do consumidor. Os indicadores podem trazer pistas do que vem pela frente. Durante essa semana, o CPI veio mais forte do que o esperado e acendeu um alerta no mercado. No dia seguinte, porém, o PPI (que mede os preços ao produtor) trouxe um certo alívio.

Agora, resta ao investidor esperar mais dados para tentar se antecipar às decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Profissional do setor de serviços — Foto: Getty Images
Profissional do setor de serviços — Foto: Getty Images



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