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Dia tem inflação na Europa, indústria forte na China e falas de Campos Neto e membros do Fed | Bolsas e índices


Marcada por uma série de divulgações e acontecimentos importantes, a semana se encerra com uma agenda mais vazia. O mercado repercute hoje (17) a inflação da zona do euro, que veio dentro do esperado, e dados fortes da indústria na China. No radar, estão falas de dirigentes do Federal Reserve, (Fed, o banco central norte-americano), e de Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária brasileira.

Nesta madrugada, a China reportou dados fortes da indústria, o que pode ter reflexos positivos na bolsa. Segundo agências internacionais, a produção industrial de abril cresceu 6,7% no ano, acima do aumento de 4,5% em março. O número veio acima das expectativas dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que esperavam um crescimento de 5,5%.

Os dados mostram que a atividade pode, enfim, estar se recuperando. E se a indústria mostra força, há a perspectiva de um aumento da demanda por determinadas commodities como o minério de ferro. Essa projeção pode se refletir positivamente não só no preço da matéria-prima como nas ações de suas exportadoras, caso da Vale.

Por outro lado, outros números da atividade da China trazem cautela. As vendas no varejo, por exemplo, aumentaram 2,3% em abril em relação ao ano anterior. O número é menor do que o crescimento de 3,1% registrado em março e também fica aquém das expectativas dos economistas, que projetavam um aumento de 4,0%.

Portanto, ainda que uma recuperação seja esperada no país asiático, não há sinais de que ela deve ser rápida.

Outro dado do exterior que fica no radar é o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro em abril. O número ficou em 2,4% na base anual, permanecendo estável em relação ao registrado em março. O indicador ficou em linha com o consenso de economistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal” e pode trazer bom humor.

Ainda que a inflação esteja longe da meta de 2% perseguida pelo Banco Central Europeu (BCE), os sinais são de que a alta de preços está arrefecendo e, com isso, um corte de juros na região pode voltar ao radar.

O que fica sob os holofotes hoje são algumas falas de autoridades monetárias. Nos Estados Unidos, Christopher Waller discursa às 11h15 de Brasília. Ele é diretor do Federal Reserve e uma das vozes mais influentes do atual Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc). Além dele, presidente da distrital do Fed de São Francisco, Mary Daly, fala às 13h15.

Os investidores devem acompanhar com atenção, especialmente após os dados de inflação ao consumidor virem abaixo do esperado e acenderem novamente a esperança de que um corte de juros está perto.

Por fim, por aqui, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, participa, às 9h30, de evento sobre os 30 anos do Plano Real. Os investidores ficam atentos a falas do mandatário, especialmente em busca de pistas sobre o futuro da Selic.

BDRs permitem que qualquer investidor brasileiro tenha acesso às empresas do mundo, como Apple e Google  — Foto: Getty Images
BDRs permitem que qualquer investidor brasileiro tenha acesso às empresas do mundo, como Apple e Google — Foto: Getty Images



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