Carreira

regras antifraude do maior concurso do país


A organização do Concurso Público Nacional Unificado (CNPU), conhecido como “Enem dos concursos”, divulgou nesta terça-feira (23) medidas adicionais de segurança durante a aplicação da prova para garantir a lisura do processo de seleção, como a proibição de levar os cadernos de prova ao final da avaliação, coleta de digitais e exame grafológico

“Essas novas camadas de segurança foram adotadas por sugestão dos órgãos de segurança, como a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que estão juntos com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos na elaboração desse que será o maior concurso público da história do pais. O processo envolve um forte esquema de segurança, desde a produção e a entrega das provas até a checagem da identidade do candidato. Nosso objetivo é garantir a isonomia para todos e combater fraudes”, diz Alexandre Retamal, coordenador de Logística do concurso.

Caderno de provas

Os candidatos não poderão levar os cadernos prova quando terminarem o teste.

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Uma das principais fontes de fraudes das organizações criminosas em concursos públicos é o uso de pontos eletrônicos durante a aplicação do teste. O crime funciona assim: os candidatos pertencentes às quadrilhas terminam as provas mais cedo e levam os cadernos de provas. As questões são resolvidas por membros das quadrilhas e enviadas por áudios, por meio de pontos eletrônicos, para quem ainda está nas salas respondendo às provas.

“Ao impedir que todos saíam com os cadernos de prova, as camadas de segurança estarão sendo ampliadas’ comenta Alexandre Retamal.  

Para combater qualquer possibilidade de fraudes, durante a elaboração do CNPU, o Ministério da Gestão criou uma rede formada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Força Nacional (FN) e Secretarias de Segurança Pública Estaduais. 

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Como medida complementar, os locais de prova contarão com detectores de metais e de ponto eletrônico. A proibição, contudo, não significa que ninguém terá acesso às questões externamente. O PDF com os cadernos de provas serão divulgados a partir das 20h (horário de Brasília) do próprio dia da aplicação das provas (5 de maio), no site do Ministério da Gestão e da Inovação. 

Biometria

Haverá ainda a coleta das digitais e material para o exame grafológico de todos os participantes, no momento da realização da prova. A medida foi recomendada pela Polícia Federal.

O novo processo tem como objetivo garantir que o candidato que esteja prestando a prova será a mesma pessoa que irá tomar posse do cargo, em caso de aprovação. 

O sistema vai funcionar assim: os canditos que receberem as provas nas salas de aplicação vão preencher o cartão de resposta com seus dados, assinar e escrever uma frase, que integra o exame grafológico. Nesse momento, um aplicador da prova circulará pela sala para coletar a digital que ficará também registrada no próprio cartão de resposta. Com esse processo, o cartão terá as escolhas das questões, o exame grafológico, a assinatura do candidato e a coleta da digital.

Celulares desligados

O candidato deverá desligar o celular e quaisquer equipamentos eletrônicos e deixá-los lacrados dentro de embalagens, que serão fornecidas por fiscais e aplicadores de provas, durante todo o processo avaliativo.

O candidato será eliminado caso os fiscais constatem que os celulares permaneceram ligados durante a realização das provas. “Para evitar qualquer problema, é importante que todos estejam tranquilos e sigam as orientações dos fiscais e aplicadores das provas”, esclarece Alexandre Retamal.

Dia da prova

A prova do Concurso Nacional Unificado ocorrerá em 5 de maio, em 228 cidades.

Pela manhã, os portões serão abertos às 7h30 (horário de Brasília). Nesse turno, os inscritos para os blocos de nível superior (1 a 7) responderão a 20 questões objetivas (múltipla escolha) sobre conhecimentos gerais, além de uma questão dissertativa de conhecimento específico. Para o bloco de nível médio (bloco 8), os candidatos farão 20 questões objetivas e uma redação.  

No período vespertino, os portões abrirão às 13h (horário de Brasília). À tarde, os candidatos dos blocos de nível superior (1 a 7) responderão a 50 questões objetivas de conhecimentos específicos. Enquanto isso, os inscritos no bloco de nível médio farão mais 40 questões objetivas. As provas para o nível médio não incluem questões dissertativas, apenas a redação no período matutino. 

Confira horários de realização do concurso em 5 de maio (horários de Brasília):

TURNO MATUTINO TURNO VESPERTINO
Abertura dos portões: 7h30 Abertura dos portões: 13h
Fechamento dos portões: 8h30 Fechamento dos portões: 14h
Início da aplicação: 9h Início da aplicação: 14h30
Duração da prova: 2h30  Duração da prova: 3h30
Fonte: Ministério da Gestão e da Inovação



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