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Dados de emprego nos EUA e da indústria no Brasil são ponto alto da terça-feira | Bolsas e índices


Após a atividade nos Estados Unidos surpreender novamente vindo acima do esperado, as aostas para uma nova alta de juros por lá ainda neste ano ganharam ainda mais força. Agora, os investidores ficam atentos a mais um dado importante vindo de lá: o relatório Jolts de emprego. Ele vai mostrar se o mercado de trabalho continua mais forte do que o esperado e, com isso, trazendo mais pressão inflacionária. Por aqui, as atenções se voltam para a produção industrial de agosto, que será divulgada às 9h. A expectativa é de que ela mostre um avanço.

Ontem, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial dos EUA subiu de 47,6 em agosto para 49 em setembro, de acordo com leitura do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). Embora o índice ainda mostre que há uma contração da atividade, já que ele veio abaixo dos 50 pontos, ele veio acima da alta de 48 esperada por analistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal”. O resultado, portanto, reforça a tese de que será preciso subir os juros um pouco mais neste ano para conter a atividade e, assim, diminuir as pressões inflacionárias.

Hoje, o foco ficará sobre o relatório Jolts de empregos de agosto nos EUA, que inicia a semana de indicadores do mercado de trabalho americano. O indicador será divulgado às 11h de Brasília.

Embora pareça contraditório dizer que dados fortes de emprego seja uma má notícia, na atual conjuntura, é isso que tem acontecido nos EUA. Quando o mercado de trabalho está aquecido, significa que existe demanda de mão de obra por parte das empresas. E se as empresas estão buscando trabalhadores, elas tendem a aumentar o salário nominal para atrair esses novos funcionários. O resultado disso é mais inflação, justamente o que o Fed quer conter.

Por aqui, os dados de emprego divulgados ontem no Caged mostraram que o Brasil abriu 220,8 mil vagas de empregos formais em agosto, acima da mediana do esperado pelo mercado, que projetava a abertura de 171 mil postos.

Com isso, o mercado passou a questionar o ritmo de queda da Selic, uma vez que o mercado de trabalho vem mostrando força e, assim como nos EUA, pode causar mais pressão inflacionária.

Hoje é dia do mercado conhecer os dados da produção industrial por aqui. E segundo a mediana das estimativas das 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, após recuar 0,6% em julho, ante junho, a produção industrial brasileira deve ter crescido 0,6% em agosto. O intervalo de projeções vai de uma queda de 0,3% a crescimento de 1,1%.

Em relação a agosto de 2022, a expectativa mediana é de crescimento de 1,1%, com as projeções variando entre uma queda de 2,5% e uma alta de 1,5%. Os dados oficiais serão divulgados nesta terça-feira, às 9h, pelo IBGE.

  • O BTG Pactual anunciou nesta segunda-feira a aquisição de 100% do capital social da Órama DTVM, uma das principais distribuidoras independentes do Brasil, por R$ 500 milhões. A aquisição faz parte da estratégia de expansão dos canais digitais do banco e acirra ainda mais a competição entre plataformas de investimento. Em agosto, o banco já havia comprado a Magnetis, e nos últimos anos adquiriu uma série de empresas, como Ourinvest, Necton, Fator, EQI, Empiricus e outras.
  • O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que não existem divergências entre representantes do governo dentro da Petrobras. Em entrevista ao programa Roda Viva, da “TV Cultura”, o executivo foi questionado qual seria seu “lado”, depois de discordâncias públicas com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira: “Todo mundo é a turma do governo Lula. Não há dissonância entre representantes do governo.”

Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

indústria — Foto: Getty Images
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